A volta às aulas se aproxima, e é hora de comprar os materiais escolares. Na rede estadual, a previsão é de que aulas comecem no dia 23 de fevereiro. Em Porto Alegre, os alunos da Educação Infantil retomam as atividades no dia 8 de fevereiro e os estudantes do Ensino Fundamental, no dia 22. E para ajudar pais e responsáveis na ida às compras, o Procon de Porto Alegre divulgou a primeira pesquisa de preços dos materiais escolares.
O levantamento reforça a necessidade fazer uma lista do que precisa ser comprado e também de ir em lojas à procura dos melhores preços. O Procon procurou 34 itens em quatro redes de papelarias e listou somente os preços mais baixos em cada loja para cada tipo de produto. A pesquisa foi realizada entre os dias 10 e 11 de janeiro.
— O levantamento busca auxiliar o consumidor que está pesquisando preços nesta época anterior à volta às aulas — afirmou o diretor do Procon Municipal, Alexandre Appel.
O Diário Gaúcho selecionou os itens mais baratos e mais caros encontrados em cada estabelecimento. A diferença entre a seleção com menores e maiores preços surpreende. Comparando os 33 itens mais baratos encontrados, o custo da lista de materiais escolares ficaria em R$ 110,62. Já optando somente os de maior preço, o valor iria para R$ 170,35. A variação é de 54%.
Além da variação de modelos do mesmo item — como borracha com ou sem protetor plástico e apontador com ou sem depósito para as raspas dos lápis — alguns produtos chamam a atenção pela grande variação de preço. O apontador de plástico com depósito para os resíduos do lápis, por exemplo, pode ser encontrado de R$ 0,49 por até R$ 1,50 — uma diferença de 206%, o maior percentual encontrado entre os itens do levantamento. Neste caso, é válido pesquisar modelos diferentes do mesmo produto, como o apontador plástico com um furo, sem depósito, que de acordo com o levantamento, pode custar entre R$ 0,49 e R$ 0,50.
Quem estiver procurando por tesoura escolar simples, também deve prestar atenção. O produto pode ser destacado entre os que têm maior variação, chegando a 193%. A tesoura pode ser comprada por R$ 1,50 ou por até R$ 4,39.
O item pesquisado pelo Procon que menos tem risco de pesar no bolso se não for pesquisado é a borracha branca comum pequena. A opção mais barata neste modelo custa R$ 0,24, enquanto a mais cara está custando R$ 0,45. Uma variação de 88%.
Variação de marcas e qualidade
Vale ressaltar que o consumidor vai encontrar uma grande variação de marcas, o que fica a critério de escolha entre pagar mais caro por um produto conhecido ou se arriscar por um item que talvez não tenha a mesma qualidade.
— É importante os pais irem até as lojas para compararem o material. É um momento lúdico, em que a criança e o pai fazem um exercício de cidadania, em que se percebe o valor dos itens. Não é optar necessariamente pelo é mais caro, mas também pela qualidade. É evidente algumas diferenças de preço entre marcas, por entender qual origem, qual a procedência do produto. É uma avaliação que se deve levar em conta, além dos preços — afirma Célio Rossoni, atual presidente da Rede Clip.
Entre os 33 itens pesquisados pelo Procon de Porto Alegre, as opções com menor preço aparecem em 15 oportunidades na mesma rede. Já o local que concentrava os maiores preços apareceu com 18 materiais escolares na lista. As outras duas redes variaram, com a maioria itens nem entre os mais caros, nem entre os mais baratos. Os estabelecimentos pesquisados foram das redes Casa do Papel, Papelaria Brasil, Clip Livraria e Cervo.