Poucos brasileiros conhecem tão bem o tema da desigualdade social quanto Ricardo Paes de Barros. O professor de 66 anos transpôs os portões da academia para aplicar seu conhecimento na área na formulação de políticas públicas. Combina a frieza do engenheiro eletrônico, mestre em estatística, com a sensibilidade social que permite olhar a pobreza para além dos números – e das cifras necessárias para enfrentá-la. Defende, por exemplo, os Centros de Referência em Assistência Social (Cras) como os mais capazes de identificar quem realmente precisa dos programas de renda mínima. Doutor em Economia, professor no Insper, coordenador da Cátedra Instituto Ayrton Senna e membro do Conselho Acadêmico do Livres, ele tem se debruçado a estudar os efeitos da pandemia no aprofundamento das desigualdades, depois de quase dois anos de escolas fechadas ou de ensino híbrido. Nesta entrevista, realizada na última segunda-feira (4/10), avalia as perspectivas de futuro para as gerações afetadas pela crise sanitária e os erros e acertos do Auxílio Brasil, que deverá substituir o Bolsa-Família.
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