Após afirmar que se arrependeu de não ter fechado mais escolas em 2018, o secretário estadual da Educação, Ronald Krummenauer, disse nesta sexta-feira (2) que o número de alunos não é o único critério levado em consideração para o encerramento das atividades nas instituições de ensino. Segundo ele, a adoção de medidas racionais que visem a melhora do cenário educacional para as comunidades é o principal ponto avaliado.
Para exemplificar, o secretário citou o caso da escola São Francisco, fechada na cidade Três de Maio. Os estudantes foram realocados para uma unidade de ensino próxima que tinha vagas disponíveis:
— Muitas vezes, é um critério de racionalidade, e inclusive, em favor da comunidade. Que aquela comunidade vai deixar de ter uma escola estadual, é verdade, mas vai ganhar uma escola de Educação Infantil do município naquele prédio que estava sendo pouco utilizado ou com vagas em aberto pelo estado do Rio Grande do Sul — afirmou em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha.
Além da escola de Três de Maio, o governo gaúcho fechou seis instituições de Ensino Fundamental em Porto Alegre em 2018: Alberto Bins, Oswaldo Aranha, Doutor Miguel Tostes, Marechal Mallet, Plácido de Castro e Benjamin Constant.
Para Krummenauer, a diminuição no número de matrículas em unidades do Estado em 2018, 35 mil alunos a menos do que no ano passado, deve-se à migração para escolas municipais e privadas, além da menor taxa de natalidade registrada no RS.
O secretário afirmou que não haverá novos fechamentos em 2018, porque as alterações devem ser feitas antes do começo do ano letivo, e ressaltou a necessidade de se discutir "mudanças no sistema educacional como um todo".