Correção: a UFRGS está empatada na terceira posição das melhores universidades com outras duas universidades, e não na quinta, como publicado entre 16h29min de 9 de outubro e 10h18min de 10 de outubro. O texto já foi corrigido.
O Rio Grande do Sul emplacou quatro instituições de Ensino Superior entre as 20 melhores universidades do Brasil elencadas pela revista britânica Times Higher Education (THE) em ranking divulgado nesta terça-feira (8). O levantamento, voltado para auxiliar interessados a escolher onde estudar em 2025, põe a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) na terceira colocação nacional, empatada com a Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
As outras três gaúchas no top 20 são a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e a Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos).
O ranking considera critérios ligados ao ensino, à pesquisa, inovação e internacionalização das instituições. O maior peso é para “Qualidade da Pesquisa”, de 30%, seguido por “Ensino (Ambiente de Aprendizagem)”, que vale 29,5% da nota, e por “Ambiente de Pesquisa”, que vale 29%.
“Perspectiva Internacional”, que abrange a proporção de estudantes e equipe internacionais e a colaboração internacional, tem peso 7,5%. “Indústria”, que analisa a capacidade de uma universidade de ajudar o setor produtivo com inovações, invenções e consultoria, vale 4%.
Esta é a primeira edição do ranking da THE que põe uma instituição brasileira entre as 200 melhores do mundo. A líder no país é a Universidade São Paulo (USP), que ocupa a 199ª posição global. A nota do estabelecimento de ensino foi alavancada pelo critério “Indústria”. Nesse quesito, a USP ficou com nota 93,9, de 100, muito superior à 68,2 obtida na edição de 2024.
Em terceiro lugar nacional, a UFRGS ficou, no âmbito global, na faixa de posições 601 a 800, que já ocupa desde que ingressou no ranking, em 2016. Na comparação com a última edição, registrou notas superiores em quatro dos cinco indicadores – a exceção foi em “Qualidade de Pesquisa”, no qual teve redução da nota 54,1 para 53,3.
O pico de desempenho da instituição nesse quesito foi em 2021, quando alcançou 56,9. Mesmo assim, entre as brasileiras, a UFRGS teve o segundo melhor score nesse indicador, atrás da USP. No restante dos critérios avaliados, as notas obtidas nesta edição foram as maiores da série histórica.
A PUCRS, que até 2023 estava na faixa de posições 801 a 1.000 no ranking global, ficou, nas edições de 2024 e 2025, na faixa 1.001 a 1.200. A cada ano, o levantamento avalia um número maior de estabelecimentos de ensino. Em nível nacional, a católica está com a nona colocação, empatada com a Universidade Federal de Santa Catarina. Assim como a UFRGS, contudo, melhorou em todos os indicadores, exceto “Qualidade da Pesquisa”, no qual passou de 42,3 para 40,7. O quesito no qual mais avançou de um ano para o outro foi “Indústria”, em que subiu de 39,2 para 58,6.
Já a UFSM, que ocupa o 11º lugar entre as brasileiras, empatada com outras oito instituições, permaneceu na faixa de posições 1.201 a 1500 em nível mundial que ocupa desde a edição de 2022. A universidade registrou piora nos dois indicadores referentes à pesquisa, mas ampliou a sua relevância nos outros três, em especial em “Indústria”: se de 2023 para 2024 a instituição teve queda nessa categoria do score 37,8 para o 24,1, agora apresenta uma retomada, alcançando nota 28,7.
A Unisinos participa do ranking desde 2018. Até 2021, se manteve na faixa global 1.001 ou mais. Desde 2022, ocupa a faixa 1.201 a 1.500. Em número nacional, é uma das empatadas com a UFSM na 11ª colocação. A instituição melhorou em quatro indicadores e teve leve piora em um: “Perspectiva Internacional”, no qual caiu de 29,3 para 29. Seu crescimento mais significativo foi em “Indústria, em que havia registrado queda de 40,3 para 25,2, de 2023 para 2024, e, agora, apresentou crescimento para 36,3.
Também aparecem no ranking as Universidades Federais de Pelotas (UFPel), em 30º lugar, e de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), em 50º, e as Universidades de Caxias do Sul (UCS), em 58º, e de Passo Fundo (UPF), em 60º. O Centro Universitário Cesuca foi avaliado, mas não se classificou.