As 99 escolas da rede municipal de Porto Alegre têm até o final de julho para substituir todo o sistema de sirenes tradicionais por sinais musicais e visuais. A Lei 13.826/2023, proposta pela Câmara de Vereadores da Capital, promove a inclusão de estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), buscando evitar o desconforto dos alunos sensíveis ao dispositivo usado nos colégios para marcar a troca de disciplinas e o recreio.
Em entrevista à Rádio Gaúcha, o secretário da Educação de Porto Alegre, José Paulo da Rosa, confirmou que 12 escolas já contam com o sinal modificado. São elas a Vereador Antônio Giudice, Jean Piaget, Governador Ildo Meneghetti, Gabriel Obino, Afonso Guerreiro Lima, Vereador Martim Aranha, Victor Issler, Chico Mendes, Pepita de Leão, Timbaúva, Emilio Meyer e Aramy Silva.
O prazo de 180 dias, decretado em janeiro, é para que as escolas comprem e instalem os equipamentos e adaptem os estudantes ao novo sinal sonoro.
— Todas nossas escolas possuem, hoje, alunos com Transtorno do Espectro Autista, mas independentemente disso, nós iríamos adaptar da mesma forma todas as escolas para esse sinal musical — explica o secretário.
Rosa fala sobre a necessidade de, além da inclusão, adaptar e modernizar as escolas. Segundo ele, esta sirene tradicional remete às antigas fábricas e até mesmo a uma prisão, então a mudança também traz um conforto aos estudantes.
— Estava na hora de mudar isso, não só para os alunos com espectro autista, mas para humanizar o ambiente escolar para todos — finaliza o secretário.
Em média, as adaptações vêm custando entre R$ 9 mil e R$ 10 mil cada, em recursos enviados pela Secretaria Municipal da Educação (Smed).