Escolas privadas e da rede pública de Bagé, na Campanha, estão em processo de mudança de alarmes por toques musicais mais leves para comunicar as mudanças de turnos e os intervalos aos alunos. A proposta, aprovada na Câmara de Vereadores, busca adequar o ambiente escolar aos estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
A nova lei prevê multa às escolas que não se adequarem até o mês de abril. Das 120 instituições de ensino da cidade, apenas quatro começaram o processo de mudança dos sinais sonoros. Segundo a especialista em educação especial Patrícia Gonçalves Silva, as crianças do espectro autista tendem a se desorganizar com facilidade quando há estímulos como barulho.
— A rotina deles precisa ser sempre organizada de maneira que não se sintam desestabilizadas emocionalmente e desorganizadas dentro do raciocínio da aprendizagem deles — explica.
A fiscalização das escolas será realizada pela Secretaria Municipal de Educação. As multas às instituições que não cumprirem com a demanda podem chegar a R$ 1 mil. Conforme dados da rede de ensino de Bagé, mais de 400 alunos lidam com algum grau de autismo no município.