A Ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, afirmou, em balanço preliminar do Concurso Nacional Unificado (CNU), realizado neste domingo (18), que a abstenção nas provas ficou alta, mas dentro do previsto pelo governo. A ministra não divulgou números.
Cerca de 2,1 milhões de pessoas se inscreveram para o concurso apelidado de "Enem dos Concursos", por reunir candidatos para 6,4 mil vagas no serviço público federal em 21 diferentes órgãos.
Os dados fechados sobre o índice de comparecimento serão divulgados pelo ministério ainda neste domingo, mas a ministra assegurou que não houve "nada além do previsto".
— A abstenção nos concursos públicos é uma coisa alta; a gente viu isso recentemente no concurso do Banco Central, que teve uma uma taxa muito alta de abstenção mesmo sendo um concurso caríssimo — disse a ministra.
Ela falou rapidamente com a imprensa após a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao centro de monitoramento do concurso, montado pelo Ministério da Gestão, em Brasília.
Ela disse que muitas pessoas se inscrevem e acabam desistindo porque não conseguem se preparar a tempo.
— Aqui em Brasília, por exemplo, 10% da população adulta se inscreveu, é uma quantidade expressiva — acrescentou.
Há outros fatores, segundo ela, como a tentativa de servidores de outras carreiras do serviço público tentarem uma oportunidade para ganhar mais, e desistirem.
— A gente vai dar esse número no final do dia, mas não está acima do que a gente imaginava. A gente reconhece que os números não são baixos, mas quando a gente deu a oportunidade de desistir, pouquíssima gente desistiu, só 30 mil pessoas. São 2,1 milhões de pessoas aptas a fazer a prova — disse.
Em sua fala, Dweck disse que houve relatos de falta de luz no Rio de Janeiro, mas foram solucionados antes do início das provas e que os horários foram cumpridos como planejamento.
O governo realiza a prova de maneira simultânea em 3,5 mil locais espalhados pelo país.