Em assembleia na manhã desta quarta-feira (10), a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) optou por recomendar às prefeituras gaúchas a volta às aulas presenciais em formato híbrido para o ano letivo de 2021.
Na reunião, prefeitos que representam as 27 regionais da Famurs decidiram, por unanimidade, que os municípios devem retomar as aulas, desde que tenham liberdade para decidir quando será o retorno e que a presença não seja obrigatória.
A Famurs pede que o retorno nas redes municipais ocorra de forma gradual e com revezamento dos estudantes no formato híbrido, mantendo as aulas a distância. Destaca, por outro lado, que, para haver retorno, é necessário o cumprimento dos protocolos estabelecidos pelo governo do Estado.
No formato híbrido, a turma é dividida pela metade. Parcela dos estudantes comparece à escola enquanto o outro grupo fica em casa para ter aulas remotas. Após alguns dias, inverte-se a ordem, e quem estava no ensino a distância passa a estudar presencialmente.
A presença dos estudantes, portanto, não é diária nem supera a lotação de 50% da sala de aula.
Em entrevista a GZH, o presidente da Famurs, Maneco Hassen, que é prefeito de Taquari, afirma que prefeitos decidiram que está na hora do retorno presencial, mas que a entidade é contra a presença obrigatória dos estudantes, o que está sendo analisado pelo governo Eduardo Leite após provocação do Sindicato do Ensino Privado (Sinepe), que representa as escolas particulares.
— Não é o momento de obrigar alguém a fazer algo de que está com medo. A pandemia permite que as pessoas tenham receio. A orientação da Famurs é de manter o sistema híbrido para os pais que entendem que não é o momento de voltar, e que têm esse direito. Não é o momento de obrigar nada até que a vacina chegue — afirma Hassen.
O presidente da Famurs acrescenta que a entidade solicitou ao governo do Estado a inclusão de profissionais da educação no próximo grupo prioritário da vacinação contra a covid-19. No entanto, Hassen reconhece que isso depende do repasse de doses pelo governo federal.
Na rede privada, cada escola tem autonomia para definir uma data. O Sinepe sugere o retorno em 22 de fevereiro.