O segundo e último dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2018 está chegando. No próximo domingo (11), será a vez de mostrar os conhecimentos de matemática, biologia, física e química, nas provas de Ciências da Natureza e Matemática. Neste ano, os candidatos terão meia hora a mais para realizar as questões, no total, serão cinco horas de exame. Para Bruno Baltazar, professor de matemática do Unificado, este acréscimo de tempo possibilita ao estudante dedicar-se mais às questões difíceis e às que apresentam cálculos extensos.
– O tempo no Enem é certamente um dos maiores inimigos de quem vai prestar o exame. Em função do acréscimo de tempo, é provável que as médias das provas de natureza e matemática cresçam.
De acordo com Adrô Lara, professor de física do Unificado, o segundo dia de Enem, como de praxe, é o mais temido por grande parte dos candidatos, pelo fato de serem aplicadas as provas com as disciplinas que a maioria dos estudantes tem dificuldade.
– Há duas dificuldades bem claras nesse dia: o tempo, pois são muitos cálculos e alguns alunos administram mal, e o cansaço, pois são duas provas muito pesadas e cansativas para o mesmo dia – comenta Lara.
Confira dicas para se dar bem nas últimas provas do Enem 2018:
Entendendo a prova de Ciências da Natureza
Os estudantes estão acostumados a fazer provas separadas, de química, física e biologia. É importante estar ciente de que a prova de Ciências da Natureza compreende estas três disciplinas, com 15 questões de cada, no entanto, elas estão alternadas. Segundo Luiz Ferrari, professor de química e diretor do Unificado, há poucas fórmulas, poucos cálculos e muitos conceitos na prova.
Física
Nesta reta final, revise os conteúdos com maior incidência em provas anteriores (eletricidade, potência e energia elétricas, leis de Ohm e circuitos elétricos), mecânica (energia e conservação, trabalho e potência mecânica e leis de Newton – forças) e ondas (fenômenos ondulatórios, velocidade das ondas, acústica e espectro eletromagnético). Durante a prova, procure identificar quais questões exigem mais e menos habilidades. As mais complexas só serão resolvidas caso você tenha tempo para isso. Então, na primeira vez que ler a prova, faça somente as questões que você percebe que são fáceis. Deixe identificadas aquelas que você pulou, para na segunda leitura fazer as médias, e, na terceira leitura, resolver os questionamentos mais difíceis.
Química
O professor Ferrari afirma que a química orgânica compreende um terço da prova. É importante saber identificar funções, revisar conteúdos que envolvam biocombustíveis e estequiometria. Vale, ainda, rever ligação intermolecular, fazendo relação entre ponte de hidrogênio e ligações de Van der Waals.
Matemática
Cerca de 35% das questões do exame estão relacionadas aos conteúdos de geometria plana e espacial e 30% aos conteúdos de matemática básica, tais como razão, proporção, regra de três e porcentagem. Estes são bons tópicos para serem revisados nestes últimos dias. A melhor forma para reforçar os últimos detalhes, fórmulas e regras é a repetição. Escreva e reescreva em folhas de resumos, este método ajuda na memorização. Na hora do exame, só resolva as questões difíceis depois que as fáceis e as médias estiverem prontas.
Biologia
É preciso revisar conteúdos referentes à ecologia, alterações climáticas, meio ambiente e poluição, ciclos da natureza, relações ecológicas, fisiologia animal, citologia, aparelho digestivo e circulatório, saneamento básico e questões relacionadas à saúde da comunidade, como foi o caso da toxoplasmose em Santa Maria. É importante estar ciente de que na prova do Enem há muita interpretação de gráficos e tabelas, diferente de outras provas que possuem questões mais diretas. Nas questões que são mais longas, a dica é anotar dados relevantes, montando um mapa conceitual, assim, fica melhor para observar o que a questão está pedindo.
Fontes: Adrô Lara (professor de física), Bruno Baltazar (matemática), Elói Fernandes (matemática), Luiz Ferrari (professor de química e diretor do Unificado), Protasio Moraes (biologia) e Ricardo Velloso (biologia)