Após realizar o primeiro dia de prova, com questões de Linguagens, Ciências Humanas e Redação, no domingo passado (4), os candidatos que concorrem a uma vaga no Ensino Superior por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) têm uma nova etapa pela frente, a prova de Matemática e Ciências da Natureza, que será realizada no próximo domingo (11), com duração de cinco horas.
Passado o primeiro dia, chega a hora de conferir o gabarito extraoficial, e é aí que muitos alunos podem acabar se decepcionando com o resultado, o que ocasiona uma frustração que pode ser determinante para o desempenho da segunda prova.
Mas é importante lembrar que as notas das duas provas são independentes, ou seja, mesmo que não tenha se saído tão bem no primeiro dia, ainda é possível ingressar no Ensino Superior.
– Essa semana de intervalo deve ser usada para revisar as áreas que serão abordadas na próxima prova e responder as questões que caíram nas provas dos anos anteriores. Os participantes devem agir como se fosse o primeiro dia. Focar e dar o melhor de si é fundamental – indica Fabrício Indrusiak, professor de História e diretor de ensino do Unificado.
O professor destaca que os gabaritos divulgados logo após o fim da prova são extraoficiais e servem apenas para se ter uma base do desempenho. E é bom lembrar que as questões possuem pesos diferentes. O número de questões corretas ou erradas não irá necessariamente determinar o desempenho do candidato na prova. O gabarito oficial só é divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) três dias uteis após o último da de prova.
– Ter ido bem ou mal ainda não é uma certeza absoluta até que saia a nota oficial. Além disso, o exame não termina no primeiro fim de semana – diz Indrusiak.
Tentar manter a calma e utilizar a semana de intervalo entre uma avaliação e outra para revisar os conteúdos mais importantes e que possivelmente serão apresentados novamente são saídas para manter a ansiedade afastada. A dica do psicólogo Igor Londero é que os participantes tentem transformar o nervosismo em ação que possibilite uma melhora na segunda prova.
– A ansiedade não some, ela vem por conta de uma avaliação que fazemos da realidade. Os alunos precisam parar para pensar se realmente foram mal ou se simplesmente acham que foram, já que o emocional fica afetado – auxilia Londero.
– Desistir de fazer a segunda parte do exame não deve ser uma opção. As provas fazem parte da vida. Se, depois de conferir a nota, realmente não tiver tido um bom desempenho, foque em se preparar para o próximo ano – finaliza.
Algumas outras medidas podem ser eficientes para ajudar a controlar o nervosismo antes de realizar a segunda prova. Para a professora de psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) Valéria Thiers, saber controlar a respiração e os pensamentos é uma boa atividade para manter a calma.
– O ideal é focar no processo respiratório. O exercício de respirar profunda e lentamente, de cinco a seis vezes, é ótimo para organizar os pensamentos e manter a calma – informa a professora.
Além disso, não faça alterações bruscas na rotina. Tenha uma boa noite de sono e se alimente bem no período que antecede o dia da prova.