Somente nos últimos 13 dias, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou R$ 220,7 milhões em operações de financiamento de capital de giro para seis empresas gaúchas. Desde o início das contratações nas linhas emergenciais para companhias atingidas pela enchente no Estado, o banco emprestou R$ 7,17 bilhões dos R$ 15 bilhões disponíveis, sendo R$ 5,84 bilhões apenas para fins de capital de giro.
A liberação de crédito por parte do poder público ao setor produtivo gaúcho após a cheia de maio é uma das áreas de monitoramento do Painel da Reconstrução, ferramenta desenvolvida pelo Grupo RBS para acompanhar as ações que buscam acelerar a recuperação econômica do Estado.
As companhias que tomaram financiamentos do BNDES Emergencial nestes últimos dias têm atuação nos setores de tecnologia, saúde, comércio e serviços. As empresas têm unidades operacionais em Porto Alegre, Canoas, São Sebastião do Caí, São Leopoldo, Eldorado do Sul, Igrejinha e Santa Cruz do Sul, municípios que tiveram estado de calamidade pública decretado em função da enchente.
— O governo do presidente Lula tem compromisso com a reconstrução do Rio Grande do Sul. Por isso, aqui no BNDES já mobilizamos mais de R$ 11 bilhões em crédito para as empresas gaúchas afetadas pela tragédia climática. Tudo isso com um ritmo seis vezes maior do que a média de aprovações de crédito mensal no Estado — afirma o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacando também que o banco garantiu R$ 2,09 bilhões em operações, via FGI PEAC, e suspendeu outros R$ 2,01 bilhões em pagamentos.
As linhas do BNDES Emergencial
São três as linhas de crédito dentro do BNDES Emergencial para as empresas do Rio Grande do Sul que foram diretamente atingidas pela enchente de maio.
Na linha para contratações referentes a capital de giro, a taxa de juros é de até 0,9% ao mês, o prazo de pagamento de até cinco anos (com até um ano de carência) e o valor máximo de crédito de até R$ 400 milhões por operação.
— O governo federal vem atuando incansavelmente para a retomada da atividade econômica do Rio Grande do Sul. Esse apoio no capital de giro vai ser fundamental para os setores produtivos e beneficiará grande parte da população — avalia o ministro da Secretaria Extraordinária para Apoio à Reconstrução do RS, Paulo Pimenta.
A segunda linha do programa se destina à aquisição de maquinários e equipamentos, com taxa de juros de até 0,6% ao mês, prazo de pagamento de até cinco anos (com até um ano de carência) e valor máximo de crédito por cliente de até R$ 300 milhões.
Já a terceira linha do programa é para investimento e reconstrução, com a taxa de juros é de até 0,6% ao mês, com prazo de pagamento até 10 anos (com até dois anos de carência) e valor máximo de crédito de R$ 300 milhões.