O relator do novo arcabouço fiscal, deputado Claudio Cajado (PP-BA), afirmou nesta segunda-feira (22), após se reunir com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que fará alterações redacionais no texto para esclarecer trechos que criaram ruídos. Segundo ele, uma das mudanças será feita para por fim à interpretação de que o governo aumentará as despesas públicas em R$ 80 bilhões além da estimativa inicial.
— Acabei de conversar com Haddad e conversamos sobre tornar mais claro o texto onde há dúvidas. Serão feitos ajustes redacionais no arcabouço fiscal. Vamos deixar mais clara a redação para mostrar que impacto extra de R$ 80 bilhões não existe. Essa conta criou ruído e vamos encontrar a redação que deixe claro que isso não existe — disse.
Segundo o parlamentar, 40 emendas já foram feitas ao parecer. Cajado ainda afirmou que incluir o Fundeb dentro do teto para o crescimento da despesa pública garante que esse gasto terá aumento real.
Uma reunião de líderes partidários está prevista para ocorrer nesta terça-feira (23) na residência oficial do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para definir a data de votação do texto.
— A reunião de líderes deve ser amanhã no horário do almoço e o presidente Lira decidirá quando o texto será votado. Novas alterações de mérito podem alterar equilíbrio do texto. Emendas que forem melhorar a redação, nós vamos aceitar. Se você aumenta sanções você desequilibra texto — ressaltou.
Após a reunião, Haddad afirmou que Cajado apresentou a ele mudanças na redação da proposta.
— Ele vai deixar mais claro coisas que criaram uma confusão de contas — disse o ministro.