O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, nesta terça-feira (31), que a reforma tributária proposta pelo governo deverá englobar uma redução da carga de impostos para alguns setores da economia. Ele se reuniu, pela manhã, com o conselho da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Segundo Haddad, a reforma e o novo arcabouço fiscal estiveram entre os principais temas discutidos no encontro.
— Nós discutimos uma agenda tanto para o setor produtivo, na segunda (30), na Fiesp, e nesta terça-feira para o financeiro, na Febrabran — declarou, ao deixar a reunião.
O ministro afirmou que a reforma já poderia ter sido votada e que o Congresso "está maduro".
— Há nas duas Casas ambiente favorável. A reforma deve resultar, entre outros pontos, em melhora no crescimento econômico e na vida das empresas e indústrias — pontuou.
Arcabouço Fiscal
A discussão com a Febraban, segundo Haddad, ainda abordou o tema do arcabouço fiscal. O ministro ressaltou que a nova regra já está contratada e que a equipe econômica está formulando a proposta. Haddad relembrou que a PEC de Transição previa a apresentação do novo arcabouço até agosto, mas que a perspectiva atual é de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) valide a proposta até abril.
Crédito
A questão do crédito também entrou na ordem do dia. De acordo com o ministro, o tema foi pauta de uma discussão com o Banco Central.
— Estamos conversando sobre uma agenda rápida de crédito no país, com sistema de garantias e diminuição do spread, para que exista mais crédito barato. O crédito caro impede os negócios — completou.
A eficiência da máquina pública, a qualidade dos gastos e dos processos internos também foi abordada no encontro com a Febraban, revelou Haddad.