O lucro líquido das operações continuadas da Eletrobras avançou 69% no primeiro trimestre de 2022, em relação ao mesmo período do ano passado, chegando a R$ 2,7 bilhões. O resultado foi beneficiado positivamente pelo desempenho financeiro com destaque para o efeito positivo da variação cambial e aumento de 12% na receita bruta.
De janeiro a março, a receita operacional líquida avançou 12%, em base anual de comparação, para R$ 9,1 bilhões. Já o Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda, da sigla em inglês) cresceu 9,6% para R$ 5,4 bilhões.
Segundo a empresa, no primeiro trimestre deste ano houve redução de 3,4% nos custos com Pessoal, Material Serviços de Terceiros e Outras Despesas (PMSO).
Além disso, a companhia destacou que realizou Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa de R$ 1,2 bilhão, decorrente da inadimplência da Amazonas Energia, sendo R$ 867 milhões referentes à compra de energia elétrica provenientes dos produtores independentes de energia (PIE) localizados no Amazonas e R$ 359 milhões referente a contratos de empréstimo devidos pela referida distribuidora.
Privatização
Em junho do ano passado, a Câmara dos Deputados e o Senado aprovaram uma medida provisória que viabilizou a privatização da Eletrobras, estatal com foco em geração e transmissão de energia. Essa foi a primeira proposta de privatização aprovada pelo Congresso durante a gestão de Jair Bolsonaro. A MP autoriza o governo a diluir sua participação na estatal, hoje em torno de 60% para 45%, por meio da oferta de novas ações no mercado.