A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou novembro com alta de 0,89%, ante um avanço de 0,86% em outubro, informou nesta terça-feira (8) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Esse foi o maior resultado para o mês desde 2015, quando aumentou 1,01%. Considerando todos os meses, a taxa foi a mais elevada desde dezembro de 2019, quando subiu 1,15%.
A taxa acumulada pela inflação no ano ficou em 3,13%. Em 12 meses, o resultado foi de 4,31%, dentro das projeções dos analistas, que iam de 4,06% a 4,88%, com mediana de 4,19%.
Com o resultado de novembro, a taxa acumulada pelo IPCA em 12 meses acelerou de 3,92%, em outubro, para 4,31%, ante uma meta central de 4% perseguida pelo Banco Central este ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima (índice de 2,50% a 5,50%).
As famílias brasileiras gastaram 1,33% a mais com transportes em novembro, um impacto de 0,26 ponto percentual sobre o IPCA. As altas nos custos da alimentação e transportes responderam por 89% do índice no mês passado.
— A gasolina está em alta há seis meses, o etanol também está subindo — observou Pedro Kislanov, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE.
A gasolina subiu 1,64% em novembro, segundo item de maior impacto sobre a inflação do mês, 0,08 ponto percentual, atrás apenas das carnes (0,18 ponto percentual). O etanol teve alta de 9,23%, o terceiro maior impacto no IPCA de novembro, 0,06 ponto percentual.
— Lembrando que a gasolina é o item de maior peso do IPCA — ressaltou Kislanov sobre a metodologia de cálculo da inflação.
Os combustíveis ficaram 2,44% mais caros no mês. Houve aumentos ainda nos automóveis novos (1,05%) e usados (1,25%). A passagem aérea subiu 3,22%. A tarifa de ônibus urbano teve queda de 0,15%, em consequência da redução de 3,19% nas tarifas praticadas em Porto Alegre desde 9 de novembro.