Os economistas do mercado financeiro alteraram suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. Conforme o relatório Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (7), a expectativa para a economia este ano passou de retração de 4,50% para queda de 4,40%. Há quatro semanas, a estimativa era de baixa de 4,80%.
Para 2021, o mercado financeiro alterou a previsão do PIB, de alta de 3,45% para 3,50%. Quatro semanas atrás, estava em 3,31%.
Com a adoção da bandeira vermelha nas contas de energia elétrica em dezembro, os economistas do mercado financeiro alteraram de forma relevante a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o indicador oficial de preços em 2020. A mediana foi de alta de 3,54% para 4,21%. Há um mês, estava em 3,2%. A projeção para o índice em 2021 foi de 3,47% para 3,34%. Quatro semanas atrás, estava em 3,17%.
A projeção dos economistas para a inflação já está acima do centro da meta de 2020, de 4%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). A meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2% a 5%), enquanto o parâmetro para 2023 é inflação de 3,25%, com margem de 1,5 ponto (de 1,75% a 4,75%).
Em novembro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação de outubro foi de 0,86%. Em 12 meses, a taxa acumulada está em 3,92%.
Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2020 foi de 3,51% para 4,04%. Para 2021, a estimativa do Top 5 passou de 3,40% para 3,41%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 3,08% e 3,31%, respectivamente.
No Focus desta segunda-feira, a projeção para a produção industrial de 2020 foi de baixa de 5,03% para retração de 5%. Há um mês, estava em baixa de 5,49%. No caso de 2021, a estimativa de crescimento da produção industrial seguiu em 5,00%, ante 4,00% de quatro semanas antes.
A pesquisa Focus mostrou ainda que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2020 passou de 66,20% para 66,10%. Há um mês, estava em 67,74%. Para 2021, a expectativa foi de 68,44% para 68,10%, ante 70,00% de um mês atrás.