O Rio Grande do Sul mais contratou do que demitiu pelo quarto mês consecutivo. Em outubro, o Estado abriu 14.115 vagas de emprego formal, segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged). Esse resultado é a diferença entre 141.716 admissões e 127.601 demissões no décimo mês do ano. Entre os Estados, ficou com a segunda colocação entre as unidades da federação com maior saldo no mês, atrás de São Paulo.
De julho a outubro, o RS acumula 41.576 postos abertos. Com isso, supera o montante de vínculos destruídos durante a inundação, nos meses de maio e junho (30.617). No ano, são 79.925 novas vagas com carteira assinada em solo gaúcho.
Entre os ramos da economia, o setor de serviços lidera a criação de postos em outubro, com 5.280. Comércio (4.741), agropecuária (1.766), construção (1.312) e indústria (1.017) aparecem na sequência. Uma vaga fechada aparece como não identificado.
No país, foram 132.714 vagas, o pior resultado para outubro considerando a série histórica do Novo Caged, iniciada em 2020.
Os cinco municípios do Rio Grande do Sul que mais criaram vagas em outubro foram:
- Porto Alegre (2.324)
- Caxias do Sul (1.132)
- Canoas (725)
- Santa Cruz do Sul (666)
- Pelotas (637)
O secretário estadual de Trabalho e Desenvolvimento Profissional, Gilmar Sossella, afirma que políticas públicas estaduais contribuíram para o resultado:
— Por meio do RS Qualificação, cerca de 200 municípios estão oferecendo cursos de qualificação no Rio Grande do Sul, em um investimento de mais de R$ 14 milhões. Semanalmente, temos novas pessoas mais capacitadas para o mercado de trabalho, contribuindo para o aumento nas admissões.
Sossella também menciona o auxílio financeiro e as consultorias do programa MEI RS Calamidades como fatores influenciadores dessa retomada econômica.
— Cada microempreendedor individual pode contratar um funcionário. Ou seja, são mais de 22 mil possíveis novos postos de trabalho no Estado — frisou.