O que estava salgado vai ficando quase impossível de comer. A cesta básica de Porto Alegre subiu novamente em novembro, com alta de 6,13% sobre outubro. Passou a custar R$ 617,03. Em 12 meses, o aumento passou a 35,96%, bem acima dos +25% que tinham sido registrados na pesquisa anterior. Pela última pesquisa do IBGE, a região metropolitana de Porto Alegre está com uma inflação geral ao consumidor de 3,51%, mas que subirá também pressionada pela conta de luz com bandeira vermelha patamar 2.
Dos 13 produtos pesquisados pelo Dieese, nove tiveram alta no último mês: a batata (43,96%), a carne (9,36%), o óleo de soja (7,59%), o tomate (3,40%), o açúcar (2,68%), a banana (2,31%), o feijão (2,19%), o arroz (2,12%) e a farinha de trigo (0,68%). Já outros quatro tiveram queda: o leite (-3,21%), o café (-2,24%), o pão (-0,52%) e a manteiga (-0,51%) .
Motivos para a variação de alguns alimentos, segundo o Dieese:
Carne: a baixa disponibilidade de animais para abate no campo, devido ao período de entressafra, e as exportações aquecidas ocasionaram redução da oferta e elevaram os preços do produto.
Batata: Houve quebra de produção em várias regiões do Sul, por causa do baixo volume de chuva nas fases de plantio e desenvolvimento, e a oferta foi reduzida.
Óleo de soja: baixos estoques domésticos de soja e derivados, decorrentes da alta demanda interna e externa e da valorização do dólar diante do real, que tem sido um atrativo para a exportação, explicam os preços elevados.
Arroz: a baixa oferta de arroz manteve o preço em trajetória de alta nas capitais.
Tomate: a maturação antecipada do tomate, por causa do calor nos meses anteriores, reduziu a oferta e, mesmo com a demanda enfraquecida pelos altos preços e pela pandemia, houve aumento das cotações no varejo.
Açúcar: mesmo com maior produção de açúcar, as exportações aquecidas limitaram a oferta interna.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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