Os gaúchos terão de esperar mais alguns dias para conhecer o desempenho da economia do Estado no segundo trimestre. O anúncio dos números do Produto Interno Bruto (PIB), referentes ao período de abril a junho, estava marcado para a manhã desta quarta-feira (9). Contudo, a divulgação foi adiada e deve ficar para a próxima semana, conforme a Secretaria Estadual de Planejamento, Governança e Gestão.
A suspensão foi comunicada durante a manhã, minutos antes do horário agendado para a apresentação. Vinculado à secretaria, o Departamento de Economia e Estatística (DEE) reúne os técnicos responsáveis pelo levantamento.
Popularmente, o PIB é conhecido como a soma dos serviços e bens produzidos em determinada região. Serve para medir o desempenho econômico do país e dos Estados.
Ao comentar o adiamento, a secretaria afirma que solicitou "checagem" de informações encaminhadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O órgão nacional compartilha dados com o DEE que permitem a realização da pesquisa.
"A Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG) informa que adiou a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) trimestral do Rio Grande do Sul. O motivo foi a solicitação de checagem dos dados brutos do PIB trimestral apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no dia 1º de setembro", afirma a pasta. Consultado por GZH, o IBGE não retornou até a publicação desta reportagem.
No início da tarde, o secretário de Planejamento, Governança e Gestão, Claudio Gastal, disse à colunista Marta Sfredo que a decisão de suspender o anúncio foi dele. Gastal assumiu o comando da pasta após a saída de Leany Lemos, anunciada no fim de maio.
— Estou sob mau tempo com a pandemia. Este seria o primeiro PIB que vou anunciar como secretário, no anterior estava tudo pronto. Quero olhar os números, discutir para ter uma posição, uma visão. Gestão se faz com fatos e dados — relatou para a colunista de ZH.
No segundo trimestre, pelo menos dois fatores prejudicaram o Rio Grande do Sul. Um foi a crise do coronavírus, que paralisou a operação de empresas. No campo, a estiagem castigou a produção da agropecuária.
O resultado nacional foi conhecido na semana passada. Em relação ao período de janeiro a março, o PIB brasileiro despencou 9,7% no segundo trimestre, apontou o IBGE. Trata-se da maior queda já registrada na série histórica, com dados desde 1996.