O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro despencou 9,7% no segundo trimestre. A queda é a maior já registrada pela série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com dados a partir de 1996. O tombo está relacionado à pandemia de coronavírus, que paralisou empresas entre abril e junho.
A retração no período não é exclusividade do Brasil. No segundo trimestre, o país ficou na 22ª posição de ranking que mede o desempenho econômico em 48 nações. A agência de classificação de risco Austin Rating é a responsável pelo levantamento.
Na prática, a queda verde e amarela está próxima da média geral, que indica tombo de 9,9%. Assim como o Brasil, a Alemanha (principal potência europeia) e a Tailândia tiveram retração de 9,7% entre abril e junho, dividindo a 22ª colocação.
Dos países pesquisados, apenas a China e a Índia apresentaram desempenho positivo no segundo trimestre. Com avanço de 11,5%, o PIB chinês lidera o ranking. O país asiático registrou os primeiros casos de coronavírus no planeta e, após trégua na pandemia, busca recompor as perdas nos negócios.
Conforme a lista elaborada pela Austin, o pior desempenho é o do Peru. No país da América do Sul, o PIB desabou 27,2%.
PIB no segundo trimestre (em comparação com o período de janeiro a março)
- 1º China: +11,5%
- 2º Índia: +0,7%
- 3º Hong Kong: -0,1%
- 7º Coreia do Sul: -3,3%
- 11º Dinamarca: -7,4%
- 13º Japão: -7,8%
- 14º Israel: -8,1%
- 19º Suécia: -8,6%
- 21º Estados Unidos: -9,1%
- 22º Brasil: -9,7%
- 22º Alemanha: -9,7%
- 22º Tailândia: -9,7%
- 31º Itália: -12,8%
- 33º Chile: -13,2%
- 34º França: -13,8%
- 35º Portugal: -13,9%
- 37º Colômbia: -14,9%
- 41º México: -17,3%
- 42º Espanha: -18,5%
- 43º Reino Unido: -20,4%
- 44º Peru: -27,2%
- Média geral: -9,9%