A indústria nacional ainda engatinha no uso de inteligência artificial e depende de ações em conjunto com o setor público para ter avanços nessa área. A avaliação é de especialistas que participaram da 20ª edição do Programa de Imersões em Ecossistemas de Inovação, em São Leopoldo, nesta segunda-feira (4).
O evento foi realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). A 20ª edição teve a inteligência artificial como tema central. Pela manhã, reuniu apresentações sobre o assunto no Instituto Senai de Inovação e, durante a tarde, promoveu visita às instalações da empresa alemã SAP — também no município do Vale do Sinos.
Em sua apresentação, a diretora de inovação da CNI, Gianna Sagazio, mencionou que o Brasil tem ficado "distante" de países desenvolvidos quando o assunto é o uso de tecnologias no ambiente de negócios. Parte disso está relacionada ao baixo nível de recursos públicos destinados a atividades de pesquisa, avaliou Gianna.
— Existe correlação entre pesquisa e desenvolvimento. Estamos ficando um pouco distantes nessa área — afirmou a diretora.
O Programa de Imersões em Ecossistemas de Inovação busca discutir e apresentar projetos inovadores desenvolvidos pela indústria. A 20ª edição segue na terça (5), em Florianópolis (SC), e na quarta-feira (6) em Campinas (SP).
— O cenário de inteligência artificial é novo para o Brasil como um todo. Apesar disso, um dos locais que têm feito parte dos melhores projetos nessa área no país é o Instituto Senai de Inovação, aqui no Rio Grande do Sul, em setores como o metalmecânico. As empresas estão começando a entender a importância da inteligência artificial — pontuou José Luis Gordon, diretor de planejamento e gestão da Embrapii, vinculada ao governo federal.