Contrariando declarações de lideranças do partido no começo da semana, o PSL apresentou nesta quarta-feira (10) uma proposta para desidratar a reforma da Previdência. Após acordo com líderes da Câmara, a sigla do presidente Jair Bolsonaro patrocina uma emenda para que policiais tenham regras de aposentadoria mais brandas.
Além do pedido do PSL, há outras 26 propostas de alteração na reforma da Previdência em votação no plenário. As sugestões foram apresentadas por bancadas partidárias e são chamadas de destaques - instrumentos para que temas específicos do projeto sejam votados separadamente.
A Câmara abriu, às 11h28, a sessão desta quarta-feira (10) para retomar a análise da reforma. O texto principal da proposta ainda não começou a ser votado. Isso porque a oposição tenta postergar a sessão.
Está prevista para a tarde desta quarta a votação do texto-base da reforma da Previdência. Para ser aprovada, a proposta precisa de apoio de 308 dos 513 deputados -60% do total. Depois, começarão a ser votados os destaques — entre eles, o do PSL, que tem apoio de partidos de centro.
Deverão ser votados também os destaques para que professores tenham regras mais suaves; para cobrar alíquota previdenciária sobre exportações rurais; para regras menos duras do que a proposta do governo no caso de pensão por morte; entre outros.
O presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ), tentou um acordo para reduzir o número de votações que podem desidratar a reforma, após a aprovação do texto-base.
Porém, partidos seguem negociando na Câmara por alterações na proposta para beneficiar categorias, como policiais, e regras mais vantajosas para mulheres, que teve o aval do governo nesta terça-feira (9).
A equipe econômica deve divulgar a estimativa final de economia com a reforma da Previdência depois que a Câmara concluir a votação, em primeiro turno, da proposta, o que está previsto para esta quinta-feira (11).