Dois destaques favoráveis a regras mais suaves para a aposentadoria dos policiais federais foram derrubados na comissão especial da reforma da Previdência nesta quinta-feira (4).
A manobra envolveu uma troca de membros do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, para evitar a influência do lobby da segurança pública.
As derrotas, entretanto, irritaram os policiais federais presentes na sessão. Após ter um dos textos reprovados por 30 votos a 19, eles protestaram:
— PSL traiu a polícia do Brasil! — cantaram.
Uma operação para tentar barrar o avanço de regras mais brandas para as categorias ligadas à segurança pública foi colocada em curso pelo governo. Uma das mudanças foi a retirada do colegiado do líder do partido, deputado Delegado Waldir (PSL-GO), e a entrada da líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP).
A medida foi adotada depois que o PSL não conseguiu construir consenso interno para votar contra o destaque apresentado pelo PSD, que encampa o lobby dos policiais. A proposta, apresentada pelo deputado Hugo Leal (PSD-RJ), previa que a idade mínima para essas categorias da segurança pública fosse de 55 anos, se homem, e 52 anos, se mulher. O governo propôs uma idade de 55 anos. O destaque foi negado por 30 votos a 19.
A proposta do PSD, apresentada pelo deputado Hugo Leal (PSD-RJ), previa que a idade mínima para essas categorias da segurança pública fosse de 55 anos, se homem, e 52 anos, se mulher. O governo propôs uma idade de 55 anos.
Além disso, havia outra proposta, com regra mais suave para quem já está na carreira, que poderia se aposentar após trabalhar 17% a mais do que o período restante para cumprir o tempo mínimo de contribuição. Essa é a mesma taxa proposta pelo governo para as Forças Armadas, policiais militares e bombeiros. O texto foi derrubado por 31 votos a 17.