O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse nesta segunda-feira (15), em São Paulo, que a reforma da Previdência deve passar esta semana pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
— Na minha avaliação, pelo que estou conversando com alguns deputados, encerra-se esta semana a CCJ e, a partir da semana que vem, começamos a discutir nomes para a instalação da comissão especial, que deve ser instalada na semana que vem ou na outra, no máximo — disse em entrevista a jornalistas.
Para Maia, a reforma deverá ser aprovada com o sistema de capitalização também, mas sem regulamentação, por enquanto.
— Sou a favor da capitalização. Acho que temos que aprovar a capitalização e depois organizar a regulamentação dela — ressaltou.
— Essa reforma é muito importante. Ela vai gerar condições da gente poder olhar um pouquinho no longo prazo — acrescentou.
Segundo ele, logo após a reforma da Previdência, o Congresso deverá se debruçar sobre a reforma tributária.
— Acabando a comissão especial da Previdência, a gente instala a tributária. Não vamos deixar uma coisa misturar com a outra — disse.
Maia palestrou nesta segunda no evento "100 Dias de Governo", realizado em São Paulo. Ele disse ainda que acredita que a reforma da Previdência será aprovada pela Câmara ainda no primeiro semestre deste ano.
— Acho que são grandes (as chances de aprovação da reforma) — declarou.
Governo
Maia elogiou a agenda econômica do governo do presidente Jair Bolsonaro, mas ressaltou que o governo precisa divulgar mais suas outras agendas.
— Minha opinião é que temos que tratar de pautas que são fundamentais. O que a gente pensa sobre saúde, educação, segurança, redução da pobreza, infraestrutura — acrescentou.
Segundo ele, os cem primeiros dias do governo Bolsonaro, assim como ocorre em todo o mundo, foi turbulento . Para Maia, o maior acerto do governo até agora foi a agenda econômica.
— O maior acerto foi a pauta econômica priorizando a reforma da Previdência. Foi uma sinalização clara de que o governo não está preocupado com a popularidade, mas em reformar o estado brasileiro. O maior erro eu deixo que vocês avaliem — disse ele a jornalistas.