O governo federal estuda antecipar uma medida anunciada no final de julho para aquecer o mercado imobiliário em todo o país. Marcada para entrar em vigor em janeiro de 2019, a regra que autoriza o uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) na compra de imóveis de até R$ 1,5 milhão, em qualquer Estado, pode entrar em vigor ainda em 2018. As informações são do jornal O Globo.
Conforme integrantes da equipe econômica, essa antecipação é considerada porque o anúncio foi bem recebido pelo mercado. O desemprego elevado e os indicadores econômicos fracos estariam castigando o setor da construção civil, que anseia o quanto antes por incentivos. A decisão sobre antecipar ou não a regra deverá ser tomada até a próxima reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), no fim deste mês.
Caixa recua na linha pró-cotista
Pesariam a favor da antecipação da regra cálculos do Conselho Curador do FGTS apontando impacto de apenas R$ 300 milhões por ano nas contas do Fundo – somente nos seis primeiros meses deste ano, a arrecadação líquida do FGTS somou R$ 3,5 bilhões.
Na semana passada, a Caixa Federal suspendeu financiamentos pela linha pró-cotista para imóveis usados alegando o fim do orçamento para este ano. A modalidade usa recursos do FGTS e oferece os juros mais baixos depois do Minha Casa Minha Vida. Enquanto isso, os bancos privados reduzem taxas para abocanhar essa fatia do mercado, praticando juros em torno de 9% ao ano. A linha pró-cotista, antes exclusividade da Caixa e do Banco do Brasil, já existe no Santander e será oferecida pelo Bradesco no ano que vem.
Mas sem uma nova decisão do governo federal, segue a regra atual até 31 de dezembro deste ano: teto de R$ 950 mil para São Paulo, Rio, Brasília e Belo Horizonte e de R$ 800 mil os demais Estados, como o Rio Grande do Sul. O Sistema Financeiro de Habitação (SFH) oferece juros mais baixos, até 12% ao ano, e o cliente pode usar recursos do FGTS para dar entrada no imóvel ou amortizar o saldo devedor – confira neste link todas as possibilidades.