Tirar uma ideia do papel, fazer o negócio crescer e, principalmente, sobreviver. No Brasil, a pesquisa Sobrevivência de Empresas (2020), realizada com base em dados da Receita Federal e com levantamento de campo, mostrou que a taxa de mortalidade do negócio no período de cinco anos dos microempreendedores individuais (MEI, que tem faturamento anual máximo de R$ 81 mil) é de 29%. Já as microempresas (que faturam até R$ 360 mil por ano) têm taxa, após cinco anos, de 21,6%, e as de pequeno porte (faturamento entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões), de 17%.
— É preciso ter um bom plano de negócios em que se estabeleça uma avaliação da demanda para aquele produto e serviço. As empresas que nascem mais organizadas têm mais chances de sobreviver ao que chamamos de “vale da morte”, que costuma atingir negócios com dois a três anos de existência — pondera o professor Ricardo Rocha, do Insper.
Uma alternativa para aqueles empreendedores de primeira viagem é estudar possibilidades de franquias. Na avaliação de Rocha, são modelos de negócio já testados e estruturados, que oferecem uma segurança adicional para quem nunca empreendeu.
— Mesmo que você não vá montar uma franquia, faz sentido estudar as opções existentes, porque são negócios com metodologia. Outra alternativa são as microfranquias, principalmente para quem está migrando da carreira de executivo para a de empreendedor. Principalmente, é importante não decidir com emoção e conversar com pessoas que montaram negócios para buscar experiências — sugere.