O presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, disse à Rádio Gaúcha que o leilão para importar arroz, que acabou sendo cancelado após uma série de problemas, acabou de alguma forma auxiliando na queda dos preços do cereal.
Conforme Pretto, mesmo que não tenha ocorrido, o leilão surtiu efeitos positivos:
— Na semana que se sucedeu ao leilão, o preço caiu 6% para os produtores e consequentemente baixou para os consumidores. Hoje a gente encontra preços de R$ 5 o quilo ou menos de R$ 5 — disse ao programa Atualidade.
Pretto contou como vai trabalhar com os arrozeiros depois de assinar o termo de responsabilidade que evita a alta de preços e desabastecimento no Estado.
— Ficou marcado um próximo encontro para que o setor também nos ajudasse a apontar um caminho de quais as condições que nós teríamos a anunciar através do leilão para garantir um preço menor de arroz para os consumidores — afirmou.
Os arrozeiros tinham até a última quinta-feira (27) para apresentar uma proposta ao governo federal que o convencesse a suspender a importação do produto. Até então a iniciativa do governo tinha o objetivo de evitar que o alimento chegasse ao consumidor com preços elevados ou ficasse em falta.
A proposta que o setor fez ao Conab recomenda que os preços do produto em todas as regiões do país sejam observados e monitorados. Caso ocorra uma variação de preços que aumente no bolso do consumidor, a companhia pode intervir e garantir que o abastecimento seja feito de forma adequada, bem como garantir mais postos de venda para que o valor fique estabilizado. A estratégia será aumentar a demanda para diminuir a oferta.
Além disso, Pretto afirma que a instituição está prestes a anunciar um contrato de opção de venda para que o agricultor tenha como garantia que o produto será comprado. Essa modalidade de acordo entre as partes garante uma maior segurança para o produtor rural de vender o produto para o governo federal com um preço previamente fixado. Caso a oferta de mercado seja melhor, o agricultor tem a opção de não vender para o Estado.