Após duas semanas marcadas por ocorrências de geada e por grandes volumes de chuva no Rio Grande do Sul, a presença do sol é comemorada pelos produtores de trigo. O tempo seco, com luminosidade durante o dia e temperaturas baixas à noite, está sendo fundamental para recuperar o metabolismo das plantas, destaca o agrônomo Gilberto Bortolini, responsável pela área de produção vegetal da Emater em Ijuí (foto).
A regional responde por cerca de 20% da produção do cereal no Estado. – A cultura está entrando no período de formação das espigas, iniciando o florescimento. Nesta fase, quanto menos umidade, melhor para afastar a incidência de doenças – explica Bortolini.
Em algumas lavouras, a umidade elevada no solo e a falta de luminosidade prolongada provocou manchas foliares, acendendo o sinal de alerta em relação à ferrugem. Quanto à geada dos dias 26 e 27, os danos devem ficar restritos às áreas mais baixas, com maior umidade, segundo a Emater.
– Por enquanto, não há ocorrência significativa de pragas – completa o técnico da Emater.
Com uma área plantada inferior a 700 mil hectares, a projeção é de que a safra gaúcha de trigo chegue a 1,56 milhão de toneladas, volume 27% superior ao ano passado, segundo projeção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).