A Miss Brasil 2023, Maria Brechane, 19 anos, está com mente e corpo plenamente focados na missão de trazer para casa a coroa do 72º Miss Universo, que ocorre neste sábado (18), em El Salvador. O desafio é grande: superar quase uma centena de outras candidatas e acabar com um jejum de 55 anos sem vitórias do país no concurso — a última foi da baiana Martha Vasconcellos, em 1968.
Em meio à emoção e à correria dos dias de confinamento que antecedem a final, a gaúcha de Rio Grande separou alguns minutos, entre uma etapa preliminar e outra, para compartilhar com Donna suas expectativas para o concurso e suas impressões sobre a vivência como miss.
Em áudios, diz que está concretizando um sonho, mas não sai ilesa das críticas e do hate das redes sociais. Revela ainda que levou cuia e bomba para fazer uma roda de mate com as misses.
Confira a entrevista:
Se você vencer o Miss Universo, que tipo de legado espera construir?
Desde o momento em que embarquei na jornada de Miss Universo, do meu Estado até esse palco incrível hoje, eu sempre tive um propósito acima de tudo, que era deixar o meu legado, deixar a minha marca e fazer com que o Brasil fosse visto no mundo inteiro. É essa a passagem que eu quero deixar, um legado de positividade de coisas boas e boas energias. Mostrar quem eu sou e fazer com que isso impacte o mundo.
O que podemos esperar da sua participação no concurso?
Esperem muita autenticidade, 100% de quem a Maria é, e essa versatilidade que eu carrego. Sou moderna, clássica, elegante, descontraída nos meus looks, uma pessoa superleve que está aproveitando cada um dos momentos durante o confinamento. É o sonho de uma vida, então tem que ser aproveitado em cada um de seus momentinhos.
O que você pode contar sobre o confinamento?
É muito gostoso viver esse momento. E, se de um lado parece que eu já estou aqui há meses e conheço essas meninas a minha vida inteira, de outro também passou tudo muito rápido, parece que foi ontem que cheguei e começamos as atividades. Está sendo um prazer conhecer mais sobre El Salvador e os salvadorenhos. É um país muito rico em cultura, livre, seguro e maravilhoso. Sem dúvidas vou querer retornar para El Salvador em breve, quem sabe com a coroa de Miss Universo. O mais surpreendente e engraçado é a saudade que bate do confinamento depois que acaba. É sempre o mesmo sentimento: "Foram 16 dias, mas poderia ter sido mais".
O que há de mais gostoso e de mais difícil na experiência como miss?
A parte mais gostosa é o contato que tenho com as candidatas, algo que eu sempre tive desde que entrei no mundo miss. A troca de experiências e culturas é a parte mais incrível, é inexplicável. E o mais difícil acaba sendo o hate nas redes sociais. Você precisa sempre trabalhar muito em cima disso, porque nossos fãs são a razão de fazermos o que fazemos, e quando eles não nos apoiam, não nos dão suporte ou fazem críticas negativas e destrutivas, nós acabamos nos deixando levar por essa correnteza de negatividade. Eu prezo muito pela minha saúde mental no meu dia a dia, no confinamento e em toda a vida.
No Miss Brasil 2023 você levou iguarias do Rio Grande do Sul, como mel, para as candidatas. Agora, no Miss Universo, você levou alguma lembrança daqui para elas?
Eu trouxe comigo, aqui para o Miss Universo, um chimarrão, uma bomba e uma cuia para fazer um mate para as meninas, em um dos nossos dias de ensaio. Já conversei com a Miss Argentina e nós demos algumas risadas, inclusive, porque lá eles tomam muito mate, no Uruguai também. Como eu sou gaúcha, tinha que trazer um pouco da minha cultura comigo.
No Miss Brasil, seu traje típico celebrou a chama crioula. Por que homenagear a arara-azul, no traje típico do Miss Universo?
Desde que começamos a pensar no traje típico, eu já tinha ideia de levar um animal que representasse o Brasil. Vieram várias ideias, dentre elas até mesmo a da onça pintada, mas quando vi o desenho de uma arara-azul e soube de tudo que ela representa, como um amuleto e como um chamado para sustentabilidade e para cuidar cada vez mais do pulmão do mundo, que é a nossa Amazônia, eu disse sim para essa ideia incrível. Tanto a organização do Miss Brasil como o estilista do traje típico estão de parabéns por terem entendido todo o conceito e terem feito o traje de forma linda. É um prazer poder desfilar no palco do Miss Universo com esse traje maravilhoso e que tem por trás uma causa tão bonita e necessária de ser falada.