Aos 19 anos, Maria Eduarda Brechane venceu a edição de 2023 do Miss Brasil. Agora, ela se prepara para representar o país no Miss Universo, marcado para dezembro, em El Salvador. Em entrevista à Revista Donna, a gaúcha de Rio Grande fala sobre estudo, namoro e expectativas para a nova fase da vida:
No seu íntimo, tinha certeza de que iria ganhar?
Tinha, sim, uma boa expectativa, mas naquele momento eu era só gratidão acima de tudo. Quando estávamos eu e Bárbara, a Miss Mato Grosso que acabou ficando em segundo lugar, agradeci muito, disse que independentemente do resultado qualquer mulher ali poderia representar o nosso país da melhor maneira.
Com a saída de Marthina Brandt da diretoria-geral do Miss Universo Brasil, o que muda?
Marthina sai por motivos pessoais, mas segue nos acompanhando para que a transição seja leve e orgânica e para que a nova diretora, que será divulgada em breve, consiga trabalhar na mesma pegada.
Pretende continuar estudando jornalismo a distância pela Universidade Católica de Pelotas?
Estou de férias e pretendo segurar a matrícula nesse semestre para a minha dedicação ser 100% ao Miss Universo. É um projeto muito grande e gosto de fazer tudo com excelência.
Na rotina de miss, tem espaço para namorar?
Ixe, isso fica um pouco difícil (risos). Eu não tenho namorado por uma questão do tempo mesmo, sou muito focada na minha carreira e no meu trabalho. Nesses anos, deixei relacionamentos um pouco de lado, mas sou daquelas que, quando gosto, eu amo.
Que tipo de Miss Brasil pretende ser?
Quero ser forte e determinada, marcar todo o meu trajeto sendo uma miss assertiva. Principalmente porque tenho 19 anos, as pessoas questionam muito "Será que ela está preparada?", "Será que ela tem certeza das coisas que quer?". A resposta é sim, mesmo muito jovem se pode ter certezas.
As pessoas questionam muito "Será que ela está preparada?", "Será que ela tem certeza das coisas que quer?". A resposta é sim
MARIA EDUARDA BRECHANE
Miss Brasil 2023
No longo prazo, o que você deseja da vida?
A vida não é linear. Daqui a 10 anos me imagino contente, completa e feliz com a minha trajetória. Independentemente de qual rumo tenha seguido, sou apaixonada e pretendo seguir na área da comunicação, tanto pela minha carreira quanto pela minha formação.
Qual livro que lhe acompanha?
Sempre que posso, volto a ler A História do Mundo, de David Coimbra. Sou apaixonada porque fala sobre a história e a importância da mulher na sociedade, reflete sobre o fato de que nós criamos parte de tudo que temos hoje.
Que mulher lhe inspira hoje?
Ieda Maria Vargas me inspira muito, até pelo decorrer da carreira, já que também ganhou o Miss Brasil bem jovem, com 18 anos. Ter o apoio dela como mulher e como gaúcha me recarrega e dá força. Ela me falou que me vê no Miss Universo, então quando me pego pensando em coisas demais, digo para mim mesma: "Se Ieda acredita em mim, eu acredito duplamente".
Houve alguma coisa que saiu errado no percurso até o Miss?
No confinamento sempre tem uma coisa ou outra que foge um pouco do nosso controle, e a gente tem que se arrumar sozinha. Para mim foi a maquiagem. Nos maquiávamos nós mesmas todos os dias, mas, como tinha muitas malas no chão, quase sempre ficava longe do espelho. Só que uso óculos, então o desafio era diariamente me maquiar sem me enxergar (risos).
Repercutiu bastante a sua mudança nos cabelos. Por que decidiu fazer?
A proposta foi dar uma clareada para mostrar melhor os contornos do meu rosto. Cerca de um mês antes do Miss Brasil mudamos e deixamos meu cabelo 100% no tom natural, mas isso acabou não funcionando como o esperado no palco, ficando escuro demais. Decidimos adaptar para funcionar no palco e nas fotos, mas ambos são lindos e eu amei.