A cantora gaúcha Luísa Sonza, de 22 anos, natural da cidade de Tuparendi, tornou-se uma das principais vozes da música pop do país nos últimos anos. Em entrevista à revista Marie Claire publicada nesta terça-feira (2), na qual estrela a capa de fevereiro, a artista relembrou sua trajetória em solo gaúcho e contou que gostava de seguir os costumes do Estado, mas "do seu jeito".
— Gostava de seguir as tradições gaúchas, mas do meu jeito. Em vez de me vestir de prenda, como as meninas faziam, usava as masculinas bombachas — relatou.
Ao conceder a entrevista, inclusive, Luísa não largou do chimarrão e da sua cachorra, chamada Gisele.
— São as duas coisas indispensáveis e necessárias para minha vida acontecer — disse.
À publicação, a cantora também relembrou uma das mais recentes polêmicas que esteve envolvida. Quatro meses após anunciar o divórcio do youtuber Whindersson Nunes, assumiu o namoro com o cantor Vitão, com quem lançou a parceria musical Flores - e foi massacrada na internet.
— A gente se aproximou no lançamento de Flores, e não na gravação, como acham— explicou ela. — Inclusive, a fala do Victor foi totalmente deturpada — acrescentou, referindo-se a uma entrevista do cantor ao portal Hugo Gloss, na qual ele afirmou que os dois “já estavam se gostando” no lançamento do single.
Quando Luísa tornou o seu relacionamento com Whindersson público, em 2016, também enfrentou ataques na internet. Na época, ela tinha 17 anos e chegou a ser diagnosticada com depressão.
— Não soube lidar com isso. Eu era uma menina de 17 anos, do Interior. Lá, as pessoas se conhecem e sabem do seu caráter. Aí você percebe que o mundo não é tão lindo. Foi uma das épocas mais difíceis da minha vida, eu não estava preparada para ser atacada daquela forma— desabafou.
Hoje, porém, acredita que os ataques apenas refletem o machismo estrutural, “essa ideia de que a mulher não pode seguir em frente, não pode fazer o que quiser”. O feminismo, inclusive, é uma das pautas recorrentes nas músicas e nos posicionamentos da artista. Ela, que viu sua mãe, tias e avós terem a vida marcada por uma tragédia pessoal, o assassinato do seu avô materno, acredita na força feminina.
— Não existe uma mulher no mundo que não seja forte. Talvez ser braba seja isso, apenas ser mulher — concluiu.