Agora é oficial. Diante de tudo o que está acontecendo, quem não usa máscara bom sujeito não é.
Ou é ruim da cabeça ou só é ruim, mesmo.
Toma tenência, demonho.
Pior que a gente continua vendo muitos e muitas sem máscara por aí. Até então, eu pensava que correr sem ela era a única situação aceitável. Quem tenta manter a sanidade na solidão do seu esporte sabe que correr de máscara é dose – ainda que não seja insuportável. Mas uma reportagem publicada nessa semana me fez ver que eu estava dando uma de tia do Zap.
A máscara é, sim, obrigatória enquanto você corre. Ou caminha ou pedala ou se exercita ao ar livre. Atividades, segundo a matéria, recomendadas nesses tempos de confinamento, desde que de máscara e com a devida higienização de mãos, corpos e roupas ao voltar para casa.
Faz sentido quando se sabe que a máscara reduz em 87% a chance de contrair covid-19.
Lembra do anúncio de cartão de crédito, não saia de casa sem ele? Hoje em dia, melhor sair sem o cartão do que sem a máscara. Sou da ala que sai pouquíssimo, sempre com fins utilitários. Em geral para ir ao supermercado, porque nem sempre dá para pedir tudo online. Nessas poucas escapadas, independentemente do supermercado a que for, os taxistas do ponto – qualquer ponto – quase sempre estão aguardando seus clientes fora dos carros, conversando sem máscara. Opinião: é o maior espanta freguês que existe. Quem quer ficar dentro de um táxi com um motorista que, minutos antes, estava livre, leve e solto, ao alcance dos perdigotos?
Uns chamam de paranoia. Eu chamo de propaganda errada em tempos de clientes escassos.
Há um ano, quando tudo começou e a gente ainda se iludia com a ideia de que logo a normalidade estaria de volta, as crianças não usavam máscaras. Iam pela mão de seus pais mascarados com a cara no sol e no vento, como deve ser. Até isso mudou. Hoje você vê aqueles toquinhos de máscara de bichinho, de herói, de heroína, e dá um aperto. Assim como a gente contou para os filhos que, um dia, as crianças brincavam na rua sem medo, os nossos filhos vão contar para os filhos deles que, um dia, as crianças brincavam sem medo e sem máscara.
E é isso ou o vírus vai continuar se transmitindo e lotando as UTIs e aumentando a contagem dos mortos. Porque a vacina, meus queridos, essa vai demorar.
Custa cada um colaborar?
Assim como a gente contou para os filhos que, um dia, as crianças brincavam na rua sem medo, os nossos filhos vão contar para os filhos deles que, um dia, as crianças brincavam sem medo e sem máscara.
Enquanto tantos se recusam a um cuidado tão simples, vou seguir aqui, martelando.
Água mole em cabeça dura tanto bate até que fura.
Antes só do que mal acompanhado por alguém sem máscara.
Não deixe para amanhã a máscara que você pode usar hoje.
Quem avisa sobre a máscara amigo é.
Quem tem máscara vai a Roma.
Uma máscara vale mais do que mil palavras.
Quem vê máscara vê coração. E, se não vê, é porque a coisa é feia.
No caso, o coração.
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