Não é à toa que as comidas brasileiras estão entre as mais apreciadas do mundo todo, e na nossa opinião, muitas delas deveriam ser consideradas patrimônio imaterial da humanidade.
Com um território tão extenso e de diferentes influências culturais de povos variados, a culinária brasileira é uma deliciosa mistura de aromas, cores e sabores. Cada região do país possui suas próprias comidas típicas, e todas são carregadas de muitas tradições, o que torna as nossas experiências gastronômicas ainda mais especiais.
Selecionamos algumas dessas comidas que moram no nosso coração e deveriam ter um espaço singular e de destaque no patrimônio imaterial da humanidade!
PASTEL
Se existe uma verdade nessa vida é que a gente ama pastel de qualquer jeito. Seja frito ou assado, o importante aqui é ser crocante e bem recheado. Lendo sobre a origem da iguaria, encontrei muitos relatos que diziam que o pastel que conhecemos hoje, é uma variação do guioza e do rolinho primavera da culinária oriental, por sua vez, outras fontes ainda acreditam que o pastel pode ter sido criado nas pequenas feiras de rua organizadas por imigrantes asiáticos durante a década de 40 nos portos de Santos.
Se a origem é uma questão incerta, o que podemos ter certeza é que pastel frito não tem dia nem hora, ele é sempre bem-vindo no cardápio brasileiro.
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CREPE DE PRAIA
Para nós, gaúchos, não tem como pensar em comida de praia sem lembrar de crepe no palito. O lanche, quase que sagrado, é uma tradição do litoral gaúcho e uma das opções mais procuradas por quem mora ou passa as férias por ali. Inúmeros quiosques e barraquinhas vendendo a iguaria como água, com os mais distintos sabores. É a refeição perfeita, pode ser lanche, almoço ou jantar, tudo depende de como for seu pedido.
BAURU DE CAXIAS
O bauru à moda caxiense - um filé mignon coberto com uma generosa camada de queijo, presunto e molho de tomate - é um dos maiores clássicos gastronômicos de Caxias do Sul. Há quem diga que o lanche de bauru é uma criação do paulista, e tem origem na história de Casimiro Pinto Neto, bauruense e estudante de Direito que frequentava o tradicional bar Ponto Chic. A iguaria foi criada em 1937 pelo jovem, e logo se tornou popular nas cidades do país.
SALADA DE MAIONESE
Pode parecer loucura, mas a conhecida e perfeitamente apreciada, salada de maionese, tem origem da salada russa, que é uma salada de legumes cortada em cubos e outros alimentos misturados com maionese. Na Rússia, Ucrânia, Estados Unidos e em outros países, é chamada de "salada Olivier".
CHURRASCO
Essa comida típica do Brasil, e principalmente no Rio Grande do Sul, se originou na época em que o gado ainda era abundante na região, e muito usado para a produção de couro. Seguindo a tradição, o churrasco raiz, deve ser feito somente com carne temperada com sal grosso.
POLENTA FRITA
Segundo registros históricos, a receita da polenta é muito mais antiga do que parece. Há indícios que na antiguidade os gregos faziam um prato parecido, que serviu de inspiração em Roma, anos depois. Entretanto, a receita tal como conhecemos hoje foi criada no norte da Itália, onde a iguaria surgiu como um creme de milho produzido com a farinha de milho. Quando chegou no Brasil, ganhou diversas versões, e claro, que a frita ganhou o coração dos brasileiros, tornando-se um dos petiscos mais pedidos em bares e restaurantes das cidades.
XIS
Podem falar o que quiserem, mas não existe xis que nem no Sul. E só quem sabe do que eu to falando vai concordar comigo!
O clássico hambúrguer chegou ao Brasil em 1952, e foi no Rio de Janeiro que as portas das redes de fast-foods se abriram. O modo de preparo rápido caiu na graça dos clientes e com o tempo, o hambúrguer virou cheeseburger. E, do cheese para o xis, foi questão de um toque bem brasileiro para entrar em vigor. Podemos dizer, sem hesitar, que o Rio Grande do Sul vigorou, e tem no seu cardápio esse patrimônio importantíssimo.
BRIGADEIRO
Poucos países do mundo sabem comemorar aniversários como os brasileiros, e talvez devemos isso ao santo brigadeiro, repleto de granulado, o mais cobiçado nas festas infantis. Na história, a mistura de leite condensado, manteiga e chocolate conquistou, sem querer, os militares durante uma festa em homenagem ao Eduardo Gomes, um brigadeiro das forças aéreas, que fazia aniversário na ocasião.
COXINHA
Massa feita com trigo, temperada com caldo de frango e, claro, muito recheio. Se você, por acaso, conhece um amigo que não gosta de coxinha, reveja suas amizades… A origem da coxinha, é rodeada de histórias, uma delas diz que a iguaria teria sido criada em Limeira, no século XIX, outra que foi por conta da necessidade das fábricas, no século XX, de criar uma refeição rápida e que pudesse alimentar o maior número de pessoas possíveis. Hoje, o que a gente realmente sabe é que é uma delícia, símbolo do nosso Brasil, e que pode ser recheada de todo o tipo de ingrediente.
FEIJOADA
Marca da cultura africana no período colonial brasileiro, onde escravos aproveitavam os feijões que eram deixados na lavoura e as sobras de carne de porco que tinham acesso. Com os restos foi criado uma das maiores iguarias da cozinha brasileira. Hoje, a refeição é feita por todas as regiões do país, e acredito que com poucas variações em relação à receita original. Feijoada é uma verdadeira paixão nacional, e carrega um grande legado de resistência.
FAROFA
Acompanhante da feijoada, e um dos pratos mais tradicionais da culinária brasileira. Presente em muitas das festas populares e o melhor, não existem regras quando se trata de farofa. Cada casa faz do seu jeito, com receitas diferentes e possíveis novas combinações.
PÃO DE QUEIJO
Em Minas Gerais, preparar um pão de queijo é um evento importante. Com o surgimento nas fazendas mineiras para substituir alguns pratos que tinham como base a farinha de trigo, que estava escassa na região. Devido a abundância do polvilho e do queijo, se viu a necessidade de criar um prato específico para que esses ingredientes não estragassem. Pão de queijo, oh trem bom…
BOLINHO DE CHUVA
Bolinho de chuva tem gosto de casa de vó, e o parceiro perfeito para um lanche da tarde. Apesar de sua origem ser portuguesa, ele é muito popular no Brasil. Muito se deve aos contos populares de Monteiro Lobato, principalmente na sua obra de “Sítio do Pica-Pau Amarelo”. Quem não tem a clássica memória de Tia Nastácia preparando os bolinhos?