Se você, assim como nós, é do time que adora falar sobre comida e está sempre em busca de se atualizar sobre esse grande e complexo universo da gastronomia, chegou ao lugar certo! Faz um bom tempo que nosso amado Foodcast diverte os ouvintes trazendo tudo para ficar por dentro das últimas da gastronomia. É do tipo perfeito para ouvir a qualquer hora do dia, com muita descontração e boas risadas.
Bora ficar por dentro de tudo que rolou na última semana?
PRIMEIRO ASSUNTO:
No último episódio, falamos sobre o bife bovino 3D. E se você ainda não ouviu sobre essa façanha tecnologia, os seus dias acabaram! A primeira carne bovina 3D já é uma realidade. Um pouco distante de nós, mas é uma realidade. E é o que há de mais inovador em termos de carne cultivada em laboratório nos dias de hoje.
O produto é resultado do trabalho em conjunto de algumas empresas alimentícia israelenses, mas hoje vamos dar destaque para o trabalho da Aleph Farms e da equipe de engenharia biomédica do Instituto de Tecnologia de Israel. Para criar esse bife cultivado, foi usada uma técnica chamada bioimpressão 3D. Isso é diferente da impressão 3D convencional porque as células vivas, que foram extraídas de animais vivos, são realmente impressas. Uma vez que as células vivas são impressas, elas são incubadas para crescer e interagir para formar tecidos e estruturas idênticas às encontradas em um bife de um animal real.
De acordo com a startup de tecnologia de alimentos, os cientistas incubaram as células colhidas da bochecha de uma vaca viva, que se agruparam em camadas e se diferenciaram, sendo possível, assim, criar um corte de carne real.
Foi ainda em 2018, que a Aleph Farms revelou um bife cultivado de corte fino. Na época, o bife não era produzido com bioimpressão 3D como hoje, e a Aleph Farms limitava-se a fazer seu primeiro produto com apenas alguns centímetros de comprimento e alguns centímetros de espessura. No final do ano passado, a empresa informou ter criado uma plataforma para a produção comercial de suas carnes de cultura, denominada BioFarm, que a empresa espera estar totalmente operacional até 2022.
Mas em dezembro de 2020, pouco tempo atrás, a primeira carne de frango criada em laboratório foi revelada em forma de nugget pela Eat Just. Essa companhia norte-americana, inclusive, já conseguiu aprovação para vender, esses produtos feitos a partir de células animais. com exclusividade, para um restaurante de luxo de Singapura. De acordo com a empresa, em breve, cortes de peito de frango também deverão ser regulamentados e comercializados. Vamos ficar de olho...
SEGUNDO ASSUNTO:
Para o segundo assunto do episódio, trouxemos uma matéria do El País, falando sobre o por que das mulheres, sempre relegadas à cozinha, não são as chefs estrelas da gastronomia? Além de discutir brevemente sobre o tema, trouxemos umas referências, assim como a matéria, sobre um livro chamado "Fominismo: quando o machismo se senta à mesa.", de Nora Bouazzouni, jornalista e pesquisadora francesa. Nessa publicação, lançada em 2017 na França e no ano passado no Brasil, a autora se arma de dados e informações coletados ao redor do mundo para destrinchar a paradoxal relação das mulheres com a comida.
De acordo com levantamento da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), mencionado no livro tmb, as mulheres constituem por volta de 43% da mão de obra agrícola no mundo, mas elas representam menos de 20% dos proprietários fundiários de terra.
E além dessas questões que surgiram com a modernidade, a autora volta aos primórdios para mostrar que às mulheres foram oferecida a comida de pior qualidade, com menor quantidade de gordura, historicamente. E que essa pode ser uma das razões para explicar por quê a mulher ao longo da evolução foi diminuindo, até chegar ao conceito de que as mulheres são mais fracas ou ao mito de que “homens precisam comer mais carne”. Segundo a autora, existe uma tendência, mesmo que inconsciente, de oferecer menos alimentos às meninas do que aos meninos. Mas não há uma explicação fundamentada para isso.
Aqui está nosso episódio!