Sou muito pessimista. Mas, em minha defesa, fico frio e guardo essas angústias, ao invés de fazer aquele papel alarmista apocalíptico em tudo o que é grupo de WhatsApp. Nossa, que canseira dessa gente incendiaria.
Carrego sempre comigo as minhas reticências, mas fico quieto, tento me manter calmo e analisar o que isso quer dizer. Aprendi a lidar bem com isso e levo a minha vida mais numa boa assim do que sendo otimistão. Porque também tem essa figura, o cara “prafrentex” que acha que tá sempre tudo certo, as coisas são superfáceis, tudo é muito prático. Se tivesse que resumir minha personalidade num tuíte, diria que tenho muito mais perguntas do que respostas. Mais dúvidas do que certezas. Mesmo porque, para algumas coisas, não existe resposta, e é importante entender isso. Nem tudo tem um porquê, e tá tudo certo.
Esse momento pelo qual estamos passando agora é um grande exemplo. Não dá pra ficar tentando achar um culpado, nem perder tempo fazendo análises mirabolantes, pois chegaremos a lugar algum. Do alto do meu pessimismo positivista, se é que dá pra chamá-lo assim, diria que é preciso abandonar a ideia de achar que as coisas vão se normalizar. Do fundo do meu coração, para, cara. Nada mais será como era antes, é fundamental aceitarmos rapidamente isso. Quando falo que “nada mais será como era antes”, não falo apenas da economia, do mercado, da política. Falo de nós mesmos. Já me sinto um cara completamente diferente daquele Diogo de semanas atrás.
Estamos entrando num mundo completamente novo, uma mudança de era. E as mudanças nunca são espontâneas, sempre acontecem depois de guerras, de revoluções, desastres. Essa transição toda vai ter um impacto gigantesco em absolutamente tudo, não vai dar mais para seguir fazendo as mesmas coisas de sempre. É o momento de pensar e dar um passo para trás, mas para pegar impulso. Nada vai ser como era antes, mas tudo vai ser melhor do que antes. Confia em mim. Superaremos mais essa. Nem fui tão pessimista agora. Falei que tinha mudado!