O dicionário diz que efêmero é aquilo que é passageiro, temporário, transitório. Estamos vivendo a era mais efêmera da história. Tudo é muito rápido e muda em uma velocidade nunca antes vista. As modas nascem e morrem em curtos espaços de tempo. E não dá para acompanhar nem metade do que a gente gostaria.
O texto virou um tweet de 140 caracteres. A foto virou um snap de poucos segundos. Enquanto tudo isso acontece, aumenta o nosso tempo conectado no celular e a sensação de que o tempo está passando mais rápido. E não tende a diminuir.
Ouvi de muita gente nesta semana a famosa frase “Não acredito que já é Natal”. E na maioria das vezes era uma lamentação. O sentimento de ver muito e fazer pouco tomou conta. Isso me fez olhar para trás e valorizar as memórias do ano, as coisas marcantes que eu fiz, as mesas inesquecíveis que eu compartilhei.
De tudo o que eu lembrei, ficaram as experiências únicas e não as coisas que comprei. Ficaram as viagens pelo Brasil ou fora dele. Ficaram os assados com bons amigos e as taças compartilhadas nas vinícolas. Lembrei, feliz, de novos restaurantes que conheci, novos ingredientes que provei e adorei. E quando eu lembrei de tanta coisa boa, pensei “Parece que vivi dois anos em um só”.
Eu uso o celular o tempo inteiro. É ferramenta de trabalho, de relacionamento com amigos e família e câmera para registrar momentos que eu não quero esquecer. Mas tenho me policiado para, quando na mesa, utilizar o mínimo necessário.
Vem aí o Natal e eu quero que ele dure bastante. Para fugir do efêmero, vamos fazer coisas simples mas com significados grandiosos, vamos fazer coisas que nunca fizemos e que não iremos esquecer. Vamos mudar a vida das pessoas ao nosso redor e a nossa mesma. Que o Natal de todos nós seja intenso e inesquecível.
*Diretor de conteúdo Destemperados
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* Conteúdo produzido por Diego Fabris