Piqueniques não são para mim. Já tentei várias vezes gostar deles, mas não consigo. Minha relação com esse tipo de experiência é sempre meio traumática. Esses dias, fui convidado para um e logo comecei a enumerar defeitos para me esquivar da função toda.
Acho o piquenique desconfortável. Achar uma posição e ficar por horas é difícil. Geralmente, as superfícies onde se estende a toalha são irregulares, e fazer um copo ou garrafa parar em pé é tarefa para poucos. Pequenos detalhes que aumentam meu desconforto.
Adoro a parte do contato com a natureza e a possibilidade de uma experiência ao ar livre, com o vento fresco batendo na cara e a energia do sol. No entanto, dependendo da fauna e da flora local é comum encontrarmos visitantes indesejados, como formigas, moscas e mosquitos.
Entendo que o foco do piquenique nunca está na comida e na bebida, mas sim na confraternização que foge do comum. Mas o outro problema que faz o piquenique me perder é a temperatura das bebidas. Elas sempre ficam quentes, seja um suco, um refrigerante, uma cerveja ou um espumante.
Acho que o grande chamariz do piquenique é a cesta. Ela é a parte lúdica, e descobrir as coisas boas que se tem para comer vale a pena. Eu adoro ganhar uma cesta cheia de comida boa, mas prefiro usufruir dela em outros ambientes.
Piqueniques são superestimados. São legais para crianças, pelo lado divertido e informal. E como nunca me comprometi a ser coerente quando se trata do que gosto ou não na gastronomia, digo que se for para comer ao ar livre, prefiro uma boa farofada na beira da praia.
* Conteúdo produzido por Diego Fabris