Se Michael Keaton voltou a usar o manto de Batman em The Flash (2023) e Tobey Maguire ressurgiu como Peter Parker em Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa (2021), Patrícia Diniz, a Pipa, também decidiu que era hora dela própria, uma pioneira, retornar às origens, décadas depois de ter feito história. A gaúcha, que brilhou na primeira edição de No Limite, lá em 2000, está no elenco da edição 2023 do reality de sobrevivência da TV, que estreou na terça-feira (18).
Em sua primeira passagem pelo programa, há 23 anos, ela terminou a sua jornada como vice-campeã, perdendo a final para a cabeleireira Elaine Melo. Agora, Pipa quer ir além: ela afirmou que pretende "apagar a luz, fechar o portão", conforme conta a sua irmã, a psicanalista Claudia Diniz.
— Ela é uma pessoa muito intensa, muito agregadora. Tem uma liderança muito própria e o Brasil vai ver isso de novo, porque já viu uma vez. Só que agora eu, ela e muitas das mulheres que naquela época tínhamos 20 e poucos, estamos cinquentonas. O país vai poder ver a Pipa muito forte, muito viril e muito feminina, mais madura — diz Claudia.
Natural de Porto Alegre, Pipa é proprietária do Cactus Café, no bairro Auxiliadora. Ela é casada com Mauricio Leite e mãe de Vicente, que fez 18 anos justamente no dia da estreia do programa —no dia 18. Para a comemoração, a tia Claudia, que também é madrinha do jovem, fez uma janta em sua casa para celebrar a maioridade do sobrinho e, também, ver a estreia de Pipa no programa. E deu sorte. A equipe da gaúcha — a Jenipapo — venceu o primeiro desafio.
O retorno de Pipa para o No Limite partiu de um convite da TV Globo, destaca a irmã da participante. E a resposta da chef de confeitaria foi dada de pronto:
— Ela nunca teve dúvida. Em momento algum. A Pipa é uma pessoa que não olha muito para trás, ela é total "pra frente, Brasil" (risos). Ela é uma pessoa muito particular e tem uma coragem que é muito dela, muito singular.
Psicanalista e vizinha de Pipa — ambas moram próximas ao Parcão —, Claudia conta que as duas são muito próximas. Ela viveu junto com a irmã as emoções da primeira edição do No Limite que, até então, era um programa inovador na televisão aberta brasileira e, por isso, gerou um grande impacto na audiência.
— Foi muito difícil, nossa mãe chorava. Era visível a Pipa emagrecendo na TV e, para a gente, foi muito forte aquilo tudo. O episódio do olho de cabra, que o Brasil inteiro fala, foi muito duro — relembra Claudia, detalhando que, após o fim da atração, a irmã virou celebridade e era abordada em todos os lugares por quais passavam.
Para esta nova empreitada em No Limite, Pipa deixou Porto Alegre no dia 6 de junho e, desde lá, Claudia falou com a irmã apenas uma vez, por telefonema. A saudade, então, está grande, mas o orgulho de ver a dona do Cactus Café mostrando toda a sua garra para o Brasil inteiro ajuda a amenizar a falta.
— Ela tem esse lado doce e forte, esse lado da delicadeza e da tempestade. Eu acho que a Pipa é um bom exemplo de uma da força feminina. E ela tem esse poder e essa potência de se reinventar — reforça Claudia, apontando que a irmã vai brigar com unhas e dentes para sair campeã do No Limite - Amazônia.