Vice-campeã da primeira edição do No Limite, que foi ao ar em 2000, a gaúcha Pipa Diniz estará de volta à competição a partir da próxima quinta-feira (18), desta vez, o desafio será na Amazônia. Aos 52 anos, casada e com um filho de 18, Pipa é natural de Porto Alegre e é proprietária de um café no bairro Auxiliadora, na Capital. Agora, ela quer representar as mulheres 50+ e mostrar que é protagonista da própria história em qualquer idade.
Em entrevista a GZH em 2021, quando o reality show voltou a ser produzido pela Globo, Pipa comentou quais foram os maiores desafios para ela no programa e ainda contou que, quando foi escalada para participar, não tinha a menor ideia do que se tratava a atração. A emissora só informou os participantes de que eles estariam em um reality de sobrevivência às vésperas do início das gravações, realizadas no Ceará.
— Foi maravilhoso porque eu sempre fui uma pessoa muito aventureira. Claro, tive um certo desconforto porque estava indo buscar uma oportunidade como atriz e de repente me vi em um reality show. Mas quando entendi que seria o primeiro, que era um fenômeno mundial sendo gravado pela primeira vez no Brasil, porque a gente já ouvia falar do sucesso do Survivor, foi muito legal — comentou ela sobre a descoberta.
Pipa acabou chegando à final ao lado da cabeleireira Elaine de Melo, primeira vencedora do No Limite. Durante o desafio, a gaúcha emagreceu 12 quilos e enfrentou inúmeros desafios, incluindo ter de comer oito olhos de cabra para conseguir um sabonete para a equipe.
— Realmente, o bufê ficou na memória de todos. O olho de cabra foi muito complicado — comentou ao programa Super Sábado, da Rádio Gaúcha, em 2021.
Porém, a empresária garante que o maior desafio dentro do programa é a preparação psicológica e a convivência social com outros participantes.
— Olha só o paradoxo: o que era mais difícil, que era o convívio social, tornava-se a coisa mais importante, porque sozinhos a gente não conseguiria. Tanto que lá na última prova, já eu e a Elaine, quando estávamos a uma noite da final e eles separaram nós duas, eu perdi as minhas forças. Ali eu me desestabilizei porque sou uma pessoa que não gosta de solidão — relatou ela.
Ela também contou como foi lidar com calor, chuva, vento, sem ter um abrigo próprio e dormindo no chão.
— Isso deu um ensinamento muito grande de valorizar as coisas que a gente têm. Hoje, fazendo um paradoxo com a pandemia, a gente vê tantas pessoas precisando de comida e outros realities aí com tanta fartura. Nós, lá, realmente passamos fome. Eu emagreci 12 quilos, em função de realmente não ter — contou.
Pipa ainda comentou sobre a vida após o reality:
— Para as pessoas, foi um programa de televisão e para os participantes, é história de vida, a gente viveu aquilo. No meu caso, é muito interessante porque, como aqui no Sul somos bastante bairristas, as pessoas têm muito respeito pela Pipa e apreciaram a forma como conduzi a minha participação. Depois fiz muitos trabalhos, tive a oportunidade de fazer um programa chamado Aventura, na RBS TV.