O advogado de Henrique Otavio Oliveira Velozo, policial militar, réu no caso do assassinato do lutador de jiu-jítsu Leandro Lo, pediu o depoimento de Key Alves sobre o crime. A jogadora de vôlei está confinada no BBB 23 e acabou confessando, em conversa com Cara de Sapato, que assistiu ao crime.
— Foi na minha frente, eu vi tudo — disse a sister, emocionada. A situação desencadeou uma crise de choro no brother, que era amigo do lutador.
No pedido, a defesa do policial afirmou que as falas da atleta são "graves" e "inéditas", e pediu que sua declaração a respeito do caso seja acolhida com urgência.
O portal de notícias Splash teve acesso ao documento, e o divulgou na íntegra. Confira:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DO JÚRI DO FORO CENTRAL, ESTADO DE SÃO PAULO.
Autos nº 1526958-27.2022.8.26.0050
HENRIQUE OTAVIO OLIVEIRA VELOZO, brasileiro, Tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo, portador do RG nº 43445394-8, CPF nº 386.844.828-40, atualmente preso e recolhido no Presídio Romão Gomes, vem, por intermédio de seu advogado CLAUDIO DALLEDONE JUNIOR (OAB/PR n. 27.347), à presença de Vossa Excelência, expor e requerer. A participante KEY ALVES, jogadora de Vôlei, do Reality Show Big Brother Brasil 2023 afirmou em rede nacional que teria visto o episódio ora investigado. KEY afirmou que estava presente na casa noturna e que teria visto o episódio ora investigado. KEY afirmou que estava presente na casa noturna e que teria visto todo o ocorrido. A participante afirmou: "FOI NA MINHA FRENTE. EU VI TUDO." Tais afirmações foram amplamente divulgadas e publicizadas pela imprensa nacional. Assim sendo, considerando as graves e inéditas afirmações trazidas pela participante KEY ALVES, requer seja a mesma intimada - com urgência - para ser ouvida na condição de testemunha nos presentes autos.
NESTES TERMOS, CONFIA NO DEFERIMENTO.
Curitiba, 06 de fevereiro de 2023.
A assessoria de Key Alves afirmou que, na ocasião, ela estava com um amigo e não com o grupo do lutador. Além disso, a jogadora de vêlei teria visto quando houve disparo, mas não o motivo da briga.
"Ela saiu correndo. Não tem envolvimento com Leandro e nem policial. Ela não viu policial atirando. Não viu o porquê da briga, se foi legítima defesa, se o policial sacou a arma, se o Leandro teve culpa. Ela comentou com o Sapato que viu como todo mundo”, disse a assessoria, de acordo com informações do portal g1.
Relembre o crime
O campeão mundial de jiu-jítsu Leandro Lo foi assassinado em 7 de agosto de 2022 em uma casa de eventos, na zona sul de São Paulo. Ele tinha histórico de envolvimento em brigas em bares noturnos, e acabou se indispondo com o policial militar Henrique Otavio Oliveira Velozo, que disparou um tiro contra a cabeça do lutador após uma discussão.
Leandro Lo chegou a ser levado para o hospital, mas não resistiu. Denunciado por homicídio qualificado, o policial assumiu a culpa pelo crime um dia após o ocorrido e está preso preventivamente. Se for condenado após o julgamento pode pegar até 30 anos de prisão.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirmou, em nota, que a possível reabertura do inquérito policial em caso de novo depoimento só pode ser feita mediante determinação judicial. Ao g1, o advogado da família de Leandro Lo disse que o testemunho de Key Alves pode ajudar no processo.