Passando uma temporada em terras gaúchas devido às filmagens dos novos episódios de Chuteira Preta, o ator Edson Celulari aproveitou para bater um papo com o Supersábado, da Rádio Gaúcha, desta semana. Conduzida por Mariana Ceccon e Paulo Germano, a conversa abordou os novos projetos do ator, sua relação com o Rio Grande do Sul e com a passagem do tempo.
Produzida pela Accorde Filmes, aqui de Porto Alegre, Chuteira Preta leva os espectadores para dentro do submundo do futebol, cheio de corrupção, esquemas e intrigas. Criação do cineasta Paulo Nascimento, natural de Tupanciretã, a série está atualmente disponível na plataforma de streaming Amazon Prime Video.
Prevista para o início de 2022, a nova fase deve seguir por um lado "um pouco mais policialesco", recheado de "coisas de suspense", nas palavras de Celulari. Ele vai interpretar Rick, que faz parte de uma espécie de máfia dentro da modalidade.
— É um personagem que não é pãozinho, não. Esse Rick faz parte de uma máfia, né? Que obviamente é ficção, mas é baseado numa certa realidade.
Segundo Celulari, a segunda temporada da série "vai para um lado um pouco mais policialesco e tem também coisas de suspense".
— E esse personagem, o Rick, é alguém que vai manobrar esse universo do futebol por meio de um projeto no meio de uma pandemia - que está para surgir na história ainda e então vai ter muitas boas tramas e boas histórias que o público vai poder acompanhar, ao longo de 10 episódios, e com boas surpresas — adiantou o ator, que gravou em Jaguarão e Porto Alegre nas últimas semanas e agora está em Guaíba.
Mas rodar no Rio Grande do Sul não é uma novidade para o artista, que relembrou outras experiências no Estado, incluindo parcerias anteriores com Paulo Nascimento.
— Fizemos o Animal, fizemos o Diário de um Novo Mundo. Fizemos o longa-metragem Teu Mundo Não Cabe nos Meus Olhos. Enfim, o Paulo é quase um irmão para mim e a Accorde (Filmes) é quase a minha casa. Eu estou sempre por aqui e sempre feliz. A minha mãe a gaúcha, nasceu em Candelária, então eu também me sinto meio gaúcho, pelo menos, e tenho amigos aqui — comentou.
Ao ser questionado sobre o processo de amadurecimento ao longo de 40 anos de carreira, Celulari, hoje com 63 anos, celebrou o avanço da medicina:
— Eu, com essa idade que eu tenho, há uns atrás eu seria um homem com uma aparência muito mais de idoso do que hoje. E não é só por cirurgia, eu nunca fiz nada. Eu estou te dizendo porque é a medicina mesmo, as vitaminas, a qualidade de vida que você vai podendo ter, as informações que a sociedade passa a ter e aí o comportamento você pode se adequar para ganhar qualidade de vida. — E outra coisa para você encarar a passagem do tempo é você saber que é irreversível e que faz parte da vida. E isso te acrescenta rugas, mas também te acrescente experiências. Então eu acho que faz parte. O importante é você ter a consciência e a sabedoria de driblar essas questões que vão ficando folclóricas, como o homem ou a mulher de cabelo branco — acrescentou.
Celulari também falou sobre a pandemia, que exige uma série de cuidados para as gravações de Chuteira Preta e o também o deixou um bom período cumprindo isolamento social com a esposa, Karen. Conforme o ator, o período em que ficou em casa fez com que ele se tornasse mais ativo nas redes sociais.
— Eu promovi lá uns quadros, queria saber opinião das pessoas: como é que eles estavam convivendo com a própria família? Com os filhos, os parentes, gerações distintas e diferentes, né. E era muito engraçado porque você percebia que alguns não sabiam conviver com os próprios filhos — disse.