Há poucos divertimentos que seguem inalterados em 2020, mas eis que o mundo das séries vem sendo um bálsamo de entretenimento e escapismo em meio a todo o resto. Lançamentos como o último ato de Dark, série de ficção científica alemã, se tornam um verdadeiro evento na internet, enquanto obras documentais como o Arremesso Final, uma ode à trajetória de Michael Jordan, são capazes de despertar o fanatismo de quem ficou com abstinência do mundo esportivo.
Porém, quais foram as melhores séries de 2020 até agora? Para encontrar a resposta, GaúchaZH fez um levantamento da aprovação alcançada pelos lançamentos do primeiro semestre em sites especializados. A partir das notas gerais dos críticos no Metacritic e no Rotten Tomatoes, assim como do público no IMDb, calculamos uma média para cada série.
Confira a seguir quais foram os 10 destaques do ano, conforme a média alcançada pelas produções, e onde conferir as atrações — deixamos na lista apenas produções que já estrearam no Brasil.
10. "Normal People" (87,00)
Produção irlandesa, inspirada no best-seller homônimo de Sally Rooney, Normal People chegou ao país há pouco tempo. Mundo afora, no entanto, a série já deu o que falar nos últimos meses, inclusive por causa das cenas de sexo, que aparecem com certa frequência. Mas não é uma espécie de 365 em seriado, de forma que recebe destaque pela qualidade geral da produção, realizada a partir de uma parceria entre a BBC e o Hulu. No centro da trama, estão Marianne (Daisy Edgar-Jones) e Connell (Paul Mescal), que se apaixonam ainda na adolescência e seguem vidas paralelas daí em frente. Disponível no Starzplay.
9. "Sex Education": segunda temporada (87,08)
Nem tão festejado quanto a primeira temporada, o retorno de Sex Education foi bom o suficiente para ficar acima da média. Nos novos episódios, que estrearam ainda em janeiro, Otis (Asa Butterfield) segue com sua clínica ilegal de terapia sexual dentro do colégio de Ensino Médio, enquanto ele mesmo tem grandes dilemas em seu primeiro namoro. Sua mãe, interpretada por Gillian Anderson, que é uma terapeuta de verdade, ganha ainda mais destaque na trama. Temas mais sérios, como assédio e união feminina, também são tratados nesta temporada. Disponível na Netflix.
8. "Ozark": terceira temporada (87,10)
Em sua terceira temporada, o drama Ozark segue tenso e bem avaliado. A família de Wendy e Marty Byrde permanece em Lake Ozark, no Missouri, para qual fugiram ainda no início da produção, escapando dos contratempos de trabalhar para um cartel de drogas do México. Nos novos episódios, eles se tornaram donos de um cassino na pequena cidade, continuam firmes na lavagem de dinheiro, e começam a disputar quem está no comando do clã criminoso. Disponível na Netflix.
7. "O Clube das Babás" (88,00)
Outra série juvenil a aparecer na lista, além de Sex Education, O Clube das Babás aborda o empreendimento de um grupo de amigas que decidem lançar um negócio de babás em Stoneybrook, Connecticut. Inspirado na série de livros de Ann M. Martin, publicados entre 1986 e 2000, a produção busca "modernizar" a história, que já foi transformada em filme em 1995. Ao longo dos episódios, dramas comuns da adolescência ganham forma, assim como o protagonismo feminino. Disponível na Netflix.
6. "Visible: Out on Television" (90,33)
Uma das apostas da Apple TV+, a produção documental trata sobre a representatividade LGBT + na televisão, seja em frente ou atrás das câmeras. Ao longo de cinco episódios, são explorados temas como invisibilidade, homofobia e a evolução nos personagens queer. Participam da série, com depoimentos, personalidade como Neil Patrick Harris, Ellen DeGeneres, Oprah Winfrey e Billy Porter, entre outros. Disponível na Apple TV+.
5. "Amiga Genial": segunda temporada (91,33)
Inspirada na Tetralogia Napolitana da misteriosa escritora italiana Elena Ferrante, a segunda temporada de Amiga Genial agradou tanto quanto a primeira. Inspirada no segundo volume da saga, História do Novo Sobrenome, nos novos episódios as amigas de infância Elena (Margherita Mazzucco) e Lila (Gaia Girace) precisam se adaptar ao início da vida adulta, após crescerem em uma Itália pobre, na década de 1950, período do pós-guerra. A terceira temporada já está confirmada. Disponível na HBO Go.
4. "Lenox Hill" (91,67)
Pouco comentada no Brasil, Lenox Hill conquistou 100% de aprovação no Rotten Tomatoes, além de agradar aos críticos no Metacritic (87) e IMDb (8,8). Lançada em junho, em meio à pandemia, a série documental acompanha a rotina de quatro médicos em Nova York, destacando como eles equilibram vida pessoal e profissional. Produzida entre 2018 e 2019, um episódio extra foi gravado entre março e maio deste ano, abordando a crise gerada pela covid-19. Disponível na Netflix.
3. "Arremesso Final" (93,00)
Após a temporada da NBA ser suspensa em março, por causa da covid-19, os órfãos de basquete foram brindados com uma série documental sobre Michael Jordan. Arremesso Final (The Last Dance, no título original) recordou a trajetória inigualável do astro no Chicago Bulls, que levou o time, até então esquecido, a conquistar seis títulos em oito anos. Com episódios semanais, a produção foi assunto por mais de mês, trazendo à tona antigas polêmicas da NBA e aumentando a venda de produtos do Bulls. Em GaúchaZH, tentamos explicar o que motivou tamanho sucesso, que rendeu ótimas avaliações mundo afora (91 no Metacritc, 9.2 no IMDb e 96 no Rotten Tomatoes). Disponível na Netflix.
2. "Dark": terceira temporada (93,53)
Uma série alemã de ficção científica que trata sobre viagem no tempo. Dark poderia não parecer a aposta mais segura da Netflix, mas após o sucesso das duas primeiras temporadas, o último ato da produção deixou as redes sociais em polvorosa no final de junho. E teve mais: a produção ainda conquistou o respeito dos críticos, alcançando notas como 92 no Metacritic; com o público, alcançou uma média de 9,36 no IMDb (aqui a pontuação vai de 0 a 10). No Rotten Tomatoes, a aprovação chegou a 95%. Em GaúchaZH, foi descrita como "complicada e perfeitinha". Disponível na Netflix.
1. "Better Call Saul": quinta temporada (94,90)
Não é todo dia que uma série chega à quinta temporada com fôlego de primeira — ainda mais quando se trata de um spin-off de outra produção de sucesso. Mas foi o que Better Call Saul, derivado de Breaking Bad, entregou no início deste ano, tornando-se a série mais bem avaliada do semestre. Prólogo do seriado original, a trama acompanha a transformação de Jimmy McGill em Saul Goodman (Bob Odenkirk), passando de golpista para advogado e, então, para advogado golpista, além de mostrar o passado de outros personagens importantes da trama de Walter White. A temporada conquistou 92 pontos com os críticos no Metacritic; uma média de 9,3 dos usuários do IMDb; e uma aprovação de 99% no Rotten Tomatoes. Em GaúchaZH, foi dito que Better Call Saul "leva os spin-offs a outro patamar". A sexta (e última) temporada está confirmada. Disponível na Netflix.