Depois de três temporadas na Colômbia, Narcos agora vai explorar o território mexicano. A nova trama retrata a origem da atual guerra do tráfico na região, voltando as suas raízes, um período em que o mundo das drogas mexicano era protagonizado por uma gangue desorganizada de produtores e traficantes independentes. Os 10 episódios de Narcos: México estarão disponíveis na Netflix na sexta-feira (16).
Com uma hora cada, os capítulos irão explorar a ascensão do cartel de Guadalajara na década de 1980, quando Miguel Ángel Félix Gallardo (Diego Luna, de Rogue One: Uma História Star Wars e Dirty Dancing 2 – Noites de Havana) assume o comando, unificando traficantes para construir um império. A série também acompanhará o agente da DEA Kiki Camarena (Michael Peña, de Crash – No Limite, Homem Formiga e Perdido em Marte), que se muda da Califórnia para Guadalajara, com a mulher e o filho para assumir um novo cargo no combate ao tráfico. Camarena rapidamente descobre que a tarefa será mais desafiadora do que ele imaginou.
A produção é assinada por Eric Newman, Doug Miro, Carlo Bernard e o brasileiro José Padilha. O elenco ainda conta com José María Yazpik (Primaveras Escuras) – que vai viver Amado Carillo, o único que já participou da série, na terceira temporada –, Aaron Staton (Mad Men), Alejandro Edda (Feito na América), Alyssa Diaz (Ray Donovan), Ernesto Alterio (As Telefonistas), Gerardo Taracena (A Rainha do Sul), Horacio Garcia Rojas (La Carga), Jackie Earle Haley (Watchmen), Joaquin Cosio (007 – Quantum of Solace), Lenny Jacobson (Nurse Jackie), Matt Letscher (The Flash) e Teresa Ruiz (A Gente se Vê, Papai).
As três primeiras temporadas de Narcos se passaram na Colômbia, seguindo a trajetória de Pablo Escobar (Wagner Moura, de Tropa de Elite) e do cartel de Cali. Nas duas partes iniciais, ele cria o primeiro cartel, de Medellín e, na terceira fase, os desdobramentos do cartel rival, de Cali. A estrutura da nova leva de episódios é parecida com o que foi observado até então, fazendo o contraponto entre o policial Camarena e o traficante Gallardo, que começa a ganhar reconhecimento quando se une a Rafael Quintero (Tenoch Huerta, de Sem Identidade), criador da maconha sem semente.
Para a revista Variety, Diego Luna explica o que move a trama:
– A ideia desta série é ter certeza de que você entende como todo o sistema funciona. É sobre um negócio, não sobre um homem e outro cara atrás dele. Trata de uma estrutura inteira construída em todos os níveis de poder. A ideia é entender uma comunidade, entender uma estrutura, uma organização.
Sobre a sua performance como Félix Gallardo, Luna afirma que priorizou o roteiro:
– Tomei a decisão de não entrevistar pessoas. Eu trabalhei com os materiais que foram escritos, que já estão lá fora. Também foi importante aprender sobre a década de 1980 no México, sobre o que o país estava vivendo. Eu me lembro quando criança, nasci lá em 1979. Então eu voltei para reconstruí-lo por uma perspectiva adulta, para ver todas as coisas que meu pai não queria que eu visse. Mas também é apenas minha interpretação. E é disso que gosto na série, não estamos alegando fazer um documentário ou uma recriação meticulosa de eventos reais. No final do dia, é fictício.