Mesmo antes de Pablo Escobar morrer, em 1993, o controle do tráfico na Colômbia já havia mudado de Medellín para Cáli. E é exatamente esse novo comando que a terceira temporada de Narcos, que estará disponível nesta sexta-feira (1), na Netflix, irá retratar.
Para substituir El Patrón, Cáli apresenta quatro líderes: Gilberto Rodriguez Orejuela (Damian Alcazar), Miguel Rodriguez Orejuela (Francisco Denis), Pacho Herrera (Alberto Ammann) e Chepe Santacruz Londono (Pepe Rapazote). Sem o mesmo carisma e popularidade de Escobar, o cartel de Cáli age de forma mais discreta e com um pouco menos sangue. Enquanto Escobar gostava de andar pelas ruas distribuindo dinheiro nas comunidades de Medellín, os chefões de Cáli ficam em suas mansões e transitam apenas entre empresários e autoridades.
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Essa forma de agir dificulta ainda mais as investigações do Departamento de Combate a Drogas dos EUA (DEA, sigla em inglês), comandado por Javier Peña (Pedro Pascal). Além disso, Cáli ampliou o poder e controle sobre os sistemas de informação e autoridades locais em relação ao antecessor, o que faz com que Peña confie ainda menos em quem está próximo dele.
A série da Netflix segue com a mesma narrativa das duas temporadas anteriores, mesclando acontecimentos reais com ficção e com muita ação. A trama continua envolvente e a expressão "só mais um episódio" se aplica bem a nova temporada.
Narcos também traz histórias secundárias interessantes, como a do chefe de segurança do Cartel, Jorge Salcedo (Matias Varela), que prioriza a proteção da mulher e da filha em relação a dos patrões. A produção, segundo a Netflix, terá, no mínimo, mais uma temporada, que deve ampliar a visão sobre o tráfico de drogas no mundo e o destino mais óbvio parece ser o México.