Natural de Serra Leoa, na África, a bailarina Michaela DePrince morreu aos 29 anos, conforme comunicado publicado nas redes sociais da artista na última sexta-feira (13). A causa da morte não foi revelada.
Segundo o jornal britânico The Guardian, DePrince ficou conhecida por protagonizar o documentário Primeira Posição, que acompanhou seis dançarinos durante a temporada da seletiva Youth America Grand Prix (YAGP).
A bailarina perdeu os pais durante a Guerra Civil de Serra Leoa. Enviada a um orfanato quando tinha três anos, era chamada de "filha do demônio" por causa do vitiligo.
DePrince foi adotada aos quatros anos por um casal que a criou nos Estados Unidos e incentivou a paixão pelo balé.
Aos 17, a artista recebeu uma uma bolsa de estudos na escola de bailarinos Jacqueline Kennedy Onassis, da American Ballet Theatre (ABT), considerada uma das maiores companhias de dança contemporânea do mundo.
DePrince passou grande parte da sua carreira defendendo e promovendo a inclusão de dançarinos negros no ballet. "Praticamente não há pessoas negras no balé, por isso tenho de falar", disse ao The Guardian, em 2015.
A trajetória da artista virou livro em O Voo da Bailarina. Em 2015, ela participou do álbum da cantora Beyoncé Lemonade, com vestuário característico do balé e um capacete à moda antiga.