Um dos pratos mais tradicionais no Brasil durante a época de Natal, o Chester, ainda desperta curiosidade. Alguns anos atrás, a BRF, dona da marca Perdigão, divulgou a imagem dos animais que são criados pela empresa, respondendo a um dos mistérios que cercam a ave. As informações são do jornal CNN.
De acordo com a BRF, a diferença do Chester para as outras aves é uma genética que foi aperfeiçoada e o cuidado que ele recebe nas granjas e na alimentação.
O que é o Chester?
A marca Chester não representa uma espécie, mas sim um produto registrado. Essa ave tem suas raízes em uma linhagem de frango trazida da Escócia para o Brasil em 1980. Em poucos anos, o Chester foi introduzido no mercado brasileiro como concorrente do peru para as festividades de Natal.
Conforme a BRF, a produção do Chester está centralizada na cidade de Mineiros, localizada em Goiás. O período de criação é mais extenso em comparação ao frango convencional, sendo que o Chester é abatido por volta dos 50 dias, o que representa 20 dias a mais em relação ao frango comum.
A alimentação do Chester é exclusiva, consistindo em uma dieta equilibrada composta por vitaminas e minerais específicos para suas exigências de crescimento. Esses fatores contribuem para variações no tamanho da ave e na textura da carne.
Curiosidades
- O Chester é maior do que o frango comum;
- Ele não recebe hormônios, em conformidade com a legislação brasileira;
- Sua carne é reconhecida por ser mais macia;
- Em comparação com outras aves natalinas, o Chester possui um sabor mais suave;
- Cerca de 70% da carne está concentrada nas partes nobres da ave, como peito e coxas;
- Ele apresenta menor teor de gordura em comparação com o frango;
- Apesar de ter origens em uma linhagem de frango escocesa, a ave é vendida exclusivamente no Brasil;
- Embora seja comercializado apenas durante a época natalina, o processo de produção tem início em março.
A BRF não forneceu informações detalhadas sobre o processo de produção; no entanto, de acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), os Chester comercializados são exclusivamente machos sem defeitos, como contusões e fraturas.
As fêmeas desta linhagem não alcançam o mesmo tamanho que os machos, sendo, portanto, abatidas na mesma idade que os frangos convencionais e comercializadas em cortes embalados em bandejas.
Os machos abatidos que não atendem aos critérios de qualidade estabelecidos para o produto natalino são destinados à produção de itens como peito, embutidos e produtos processados de Chester.