Entre março e abril, os números do mercado livreiro eram assustadores. Com lançamentos cancelados, lojas fechadas e a população assimilando a chegada do novo coronavírus, empresas do setor reclamavam de quedas de mais da metade do faturamento. No fim de maio, levando em conta apenas os livros físicos, a empresa de consultoria Nielsen e o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel) apontavam um recuo de 48% no mercado, na comparação com o mesmo mês de 2019, ou seja, 1,3 milhão a menos de livros vendidos, representando uma arrecadação de R$ 65 milhões (contra R$ 125 milhões no mesmo período do ano anterior). Uma crise sem precedentes havia chegado.
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