O sol aparece timidamente no horizonte. No campo, é hora da lida. Na cidade, o gaúcho sai para o trabalho. Em comum, uma tradição que passa de mão em mão: o chimarrão.
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E é esse costume, que identifica a todos nós, gaúchos de nascimento e de alma, o tema escolhido por quatro compositores de Santa Maria para criar De Mão em Mão. A música, composta por Gabriel Petri Opitz, João Kanieski, Pedro Ribas e Pirisca Grecco a pedido do Diário de Santa Maria e da RBS TV Santa Maria, deu origem ao clipe que você confere aqui:
Embalada por uma gaita suave, a junção de letra e melodia formam a mais bela síntese do que é pertencer a um Estado com tradições que pulsam fortes e bonitas todos os dias.
- A hora do mate, de manhã, é um momento de reflexão. Muitos gaúchos acordam cedo só para poder ter esse instante descansado antes de começar o dia. E foi justamente nessa hora que pensamos, antes do primeiro raio de sol, na hora do arrebol, que marca o prenúncio de um novo dia. Pensamos no fogo de chão, a chaleira se aprontando, e a esperança do novo dia, com o chimarrão como a seiva que vai nos dar subsídio para as tarefas diárias - explica Pedro Ribas, músico amador e daqueles que ama o que faz.
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O fotógrafo do Diário Germano Rorato, um dos responsáveis pelas imagens e produtor do vídeo, conta que a ideia foi mostrar cenas do campo, da cidade e de centros tradicionalistas, ilustrando como, independentemente do local, somos todos gaúchos e dividimos uma grande roda de chimarrão.
- O hábito de tomar mate é transmitido de geração para geração. É um meio agregador, de confraternização - conta Valmir Bohmer, diretor artístico do Centro de Pesquisas Folclóricas (CPF) Piá do Sul, grupo que participou das gravações com seus peões e prendas.
O clipe também contou com a figuração de mais de 50 pessoas.
Fogo de chão bicentenário
Um dos cenários do clipe é a Fazenda Boqueirão, em São Sepé, reconhecida internacionalmente por ter um fogo de chão que, segundo a família dona da propriedade, já dura 200 anos. A água para o mate compartilhado nas filmagens foi aquecida com esse calor histórico.
- Nós não sabemos direito como surgiu o fogo. A fazenda está na nossa família desde 1800. Nesta época, já existia o galpão e o fogo. Foi algo que passou de geração para geração e, hoje, já estamos na sétima. É motivo de bastante orgulho para nós, e cuidamos para que o fogo se mantenha sempre - diz Claudia Simões Pires Portella, uma das donas da fazenda.
FICHA TÉCNICA
Produção
Claudio Vaz
Germano Rorato
Liciane Brun
Rafael Guerra
Rafael Ocanha
Assistente de produção
Fabiano de Carvalho Martins
Mixagem de som
Léo Mayer
Letra e música
Pedro Ribas
João Kanieski
Pirisca Grecco
Gabriel Petri Opitz
Agradecimentos
13 Região Tradicionalista
SM Pilchas
Prime Produtora
Patronagem e Invernada Artística Adulta do CPF
Piá do Sul
Fazenda Boqueirão
Fazenda Santa Alice