Em sua recente passagem pelo Estado, onde foi homenageado no Festival de Gramado, Wagner Moura conversou com ZH sobre Elysium e outro projeto a caminho, em que vai encarnar o cineasta Federico Fellini.
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Zero Hora - Como se deu sua participação em Elysium?
Wagner Moura - O convite surgiu porque Neill Blomkamp é fã do Tropa de Elite. Tanto Distrito 9 quanto Tropa de Elite são filmes bastante populares e políticos, como também é Elysium. Prontamente, aceitei, o personagem é muito bom, dúbio. Nunca tinha feito filme em outra língua. Falo inglês, mas uma coisa é falar, outra é atuar em uma língua estrangeira. Gostei muito do Elysium.
ZH - Você pensa em dar continuidade a sua carreira fora do Brasil?
Moura - É provável que rolem outros convites para trabalhar lá. Não gosto nem da palavra carreira. É a minha vida: a pessoa que sou e o artista que sou são meio misturados. Vou procurar personagens que me encantem, tanto aqui quanto lá. Sou um ator brasileiro e quero continuar fazendo filmes brasileiros. Não penso em morar em Los Angeles.
ZH - Como anda o filme Fellini?
Moura - Fellini foi escrito por Henry Bromell, um dos roteiristas da série Homeland. Eu vinha trabalhando nisso há quase oito meses, mas o Henry morreu de infarto em março. Ele iria dirigir. Tive uma reunião com o produtor, e decidimos procurar um novo diretor. Não é uma biografia do Fellini, é um episódio da vida dele. Quando ele foi a Los Angeles para o Oscar com o filme A Estrada da Vida, pediu um Cadillac vermelho à produção da cerimônia para conhecer a cidade. E sumiu por 24 horas. Ninguém sabe o que fez nesse tempo. O filme é uma comédia sobre o que ele teria feito.
ZH - Qual é a diferença de filmar nos EUA e no Brasil?
Moura - Filmar é a mesma coisa em qualquer lugar, só muda o dinheiro. E a comida.