Um dos maiores sucessos de Sergio Mendes, que morreu nesta sexta-feira (6), aos 83 anos, a canção Mas que Nada na versão de Jorge Ben Jor, gravada com o Brasil’ 66 no álbum Herb Alpert Presents Sergio Mendes (1966), vendeu mais de um milhão de cópias graças ao single.
Ben Jor, que era amigo de Mendes desde o início da bossa nova, gravou a música em 1963, no seu álbum de estreia, Samba Esquema Novo. O tema consolidou a mistura rítmica de samba com bossa nova, imortalizada por ele e batizada de "sacundim, sacundém".
Na canção, ele incluiu elementos de ritmos, como o maracatu. A primeira estrofe, cantada em iorubá, (O ariá raió/ Obá obá obá) traz a referência de sua mãe, Saint Ben Lima, etíope radicada no Rio. Após a gravação, ainda ganhou uma versão do conjunto Tamba Trio no mesmo ano, e em 1965, fez sucesso nos Estados Unidos durante uma turnê de Ben Jor.
No ano seguinte, com o lançamento de Herb Alpert Presents Sergio Mendes, a canção chegou ao quarto lugar da parada de adulto contemporâneo e na 47ª posição no pop singles da Billboard. A versão foi seguida por artistas como Ella Fitzgerald, Al Jarreau, Trini Lopez e José Feliciano, o que fez com que o tema fosse imortalizado em 2013, no Hall da Fama do Grammy Latino.
Mas não parou por aí. Quarenta anos depois, Mendes regravou a canção com o grupo de hip hop Black Eyed Peas, no disco Timeless. Novamente, ela surgiu nas paradas de sucesso, integrando, inclusive, a trilha de filmes da animação Rio, de Carlos Saldanha, e Austin Powers, além de aparecer em um episódio da série Barrados no Baile.